Diversas espécies de animais sofreram ataques do felino nas últimas semanas. Moradores temem que próximas vítimas sejam humanas
Foto: Material cedido ao Metrópoles |
Moradores de chácaras do Altiplano Leste temem novos ataques de uma provável onça-parda que matou e feriu diversos animais na região. Desde terça-feira da semana passada, galinhas, ovelhas, éguas, gatos e cachorros foram vítimas do felino.
No momento, equipes do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) monitoram a região para tentar identificar qual o tamanho e o tipo da onça que ronda as propriedades mais próximas às regiões de mata. A expectativa é de que até a próxima segunda seja traçada uma estratégia de captura do animal, com vida.
No Haras Santa Ana, dois potros e 11 galinhas sofreram ataques do felino. Um dos filhotes sobreviveu, mas ficou ferido na perna traseira.
Veja imagens:
Foto: Divulgação |
Pegadas do animal - Divulgação |
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Arranhão do felino em égua - Divulgação |
Para Marco Antônio Resende, filho dos proprietários do Haras Santa Ana, a presença da onça nas redondezas é “raro”. “A gente está com medo de ela atacar outro cavalo ou até mesmo uma criança”, conta.
“Se a gente conseguisse vender a potra que ela machucou, ela sairia por mais de R$ 100 mil. A gente tenta recuperar o animal, com tratamento de ozonioterapia. Ela ficou com a musculatura traseira toda rasgada”, lamenta.
Na madrugada de domingo (13/2), a outra égua foi arrastada pelo pescoço do início da chácara até os fundos do terreno. Ela foi encontrada morta, com ferimentos no pescoço.
Das 11 galinhas mortas em 8 de fevereiro, cinco acabaram comidas e seis estavam sem sangue.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Altiplano Leste, Randolfo Martins de Oliveira, policiais do BPMA estiveram na região e espalharam diversas armadilhas fotográficas para identificar o animal. ” Vamos ter de recolher os animais à noite durante esse período. Infelizmente, nós é que estamos avançando para a região do animal”, admite.
Randolfo também recomenda acender fogueiras controladas para afastar o felino das redondezas.
Monitoramento e recomendações
Em nota, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informa que o animal em questão é uma onça-parda, e o Batalhão da Polícia Militar Ambiental atua na captura. O BPMA, no entanto, não confirmou a espécie do felino.
Nesses casos, a autarquia apenas oferece recomendações para a convivência com animais predadores, como não caçar e não permitir a caça às presas naturais da onça; usar cercas para evitar que o animal de criação entre na mata; recolher os animais ao anoitecer; desfazer-se corretamente dos corpos de animais mortos a fim de impedir que sejam devorados por felinos e eles criem a tendência de consumi-los; e não se aproximar ao avistar o animal.
Fonte: Metrópoles
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