Agressão aconteceu durante uma manifestação de servidores da rede municipal de ensino de Goiânia, que estão em greve
Foto: Reprodução |
Uma professora da rede municipal de ensino da capital goiana foi agredida por um guarda civil municipal com um tapa no rosto. A violência aconteceu na manhã desta quinta-feira (31/3), em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Vila Areião, durante um protesto dos servidores da Educação, que estão em greve.
Um vídeo registrou o momento em que Juliana Rosa, de 37 anos, se aproxima dos guardas e é agredida. Veja:
Atendimento médico
Após a agressão, a professora precisou de atendimento médico. Segundo ela, foi constatada uma lesão no maxilar. “Estou sentindo uma dor muito forte na minha região do maxilar, não estou conseguindo comer ou mastigar. Estou me sentindo agredida gratuitamente”, disse ela ao jornal O Popular.
Juliana passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi orientada pelo médico legista a realizar uma ressonância magnética no osso maxilar.
Confusão
De acordo com o relato da professora, a agressão do guarda civil aconteceu em meio a uma confusão. “Começou uma confusão com uma bomba que soltaram, começou um tumulto e eu fiquei um pouco longe. Aí eu vi dois professores no chão e comecei a falar ‘respeita o professor, respeita a educação, para de agredir o professor’. Nesse momento que eu comecei a falar isso, o guarda me deu um soco”, disse Juliana.
Os dois professores a que ela se referiu foram encaminhada à Central de Flagrantes da Polícia Civil. Foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra eles.
“Atirou objetos”
Por meio de nota, a Guarda Civil Metropolitana (CGM) declarou que o ato ocorria livremente, até que os manifestantes atiraram objetos contra as autoridades presentes no local.
“A manifestação ocorria livremente, sem qualquer intervenção por parte da guarda, em respeito ao direito dos cidadãos de se manifestar. Em dado momento, porém, manifestante atirou objetos no prefeito e na primeira-dama, e outro subiu no capô de um dos carros oficiais da prefeitura. A fim de garantir segurança das autoridades e demais cidadãos presentes, a Guarda Civil Metropolitana precisou conter os agressores, por meio de uso progressivo da força, como determina o Procedimento Operacional Padrão (POP)”, disse a GCM ao Metrópoles.
Manifestação
Durante o protesto, dezenas de professores se manifestaram com cartazes nas mãos e gritaram palavras de ordem para exigir que o prefeito marque uma data de negociação de proposta de reajuste salarial. Eles teriam se exaltado depois de não serem atendidos por Rogério Cruz, que, em nota, rebateu e disse ter parado para conversar com uma professora.
A briga começou depois de a GCM tentar conter alguns manifestantes. Professores alegam que foram agredidos com socos. Dois deles chegaram a subir no capô do carro do prefeito e, segundo a nota, danificaram o veículo. O carro saiu logo em seguida. Um grupo de professores protestou por cerca de duas horas no local.
Greve
Os servidores da educação de Goiânia entraram em greve no dia 15 de março. Eles pedem que todos professores, independentemente do salário atual, recebam aumento de 33,2%, mesmo aqueles que já ganham acima do novo piso, de R$ 3.845.
O sindicato também pede que seja dado aos servidores administrativos um aumento de 10,16%, referente à inflação de 2021, que corresponde à data-base.
Fonte: Metrópoles
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