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Comandante Hamilton escondeu caixão com sertanejo em helicóptero

No auge do sucesso, João Paulo, parceiro do cantor Daniel, sofreu acidente automobilístico em setembro de 1997


Foto: Instagram/Reprodução


A morte do sertanejo João Paulo, ex-parceiro de Daniel, chocou o Brasil em setembro de 1997, mas teve um personagem até então desconhecido: o comandante Hamilton, presente nos programas policiais, que na época trabalhava para Gugu Liberato no Domingo Legal, do SBT.


Em entrevista ao jornalista André Piunti, o ex-empresário da dupla, Hamilton Régis Policastro, chorou ao relembrar os bastidores do acidente automobilístico que matou João Paulo no auge da carreira, aos 34 anos, e revelou a atuação decisiva e respeitosa do piloto aéreo no transporte do corpo do cantor.


“O cara [do necrotério] foi lá e trouxe o João Paulo. Rapaz do céu, se você visse a situação, foi carbonizado… foi a coisa mais triste da minha vida”, recordou o empresário, aos prantos. O corpo, irreconhecível, só foi liberado porque a vítima carregava uma corrente presenteada por Daniel.


Policastro liberou para a Record imagens inéditas da dupla no show de lançamento do último álbum, e a emissora atingiu o primeiro lugar de audiência, preocupando a concorrência: “A Globo mobilizou todos os seus melhores profissionais no necrotério, helicóptero em Brotas, câmeras para tudo quanto é lado. Da hora em que ele morreu ao outro dia, foram quatro canais transmitindo direto”.


A repercussão da morte de João Paulo surpreendeu o empresário, que sabia que o cantor sofria racismo no meio artístico: “Aquilo foi o maior reconhecimento de toda a luta que nós tivemos”.


Hamilton pediu ajuda ao piloto aéreo para transportar o caixão até o local do enterro. O comandante passou a ser chamado pelo programa de Gugu, mas ele ignorou todos os avisos para preservar o corpo do sertanejo do assédio das emissoras.


“Sem parar, uma voz no helicóptero: ‘Comandante Hamilton! Comandante Hamilton! Câmbio!’. Daqui até Brotas (SP). Ele tinha uma câmera dentro do helicóptero, e a televisão teria o caixão o tempo todo. Ele, por ser amigo nosso, não atendeu o radio daqui até Brotas. Não ligou o botão. Depois ele contou tudo, foi penalizado, mas era muito amigo. Ele acompanhou o crescimento da dupla, sentiu a dor que nós estávamos sentindo”, afirmou.


Com informações do Metrópoles

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