Investigado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro, Jair Renan não compareceu ao depoimento marcado em dezembro. O advogado Frederick Wassef afirmou que o filho do presidente é vítima de fake news
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press |
O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, compareceu na Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (7/4), para prestar depoimento. A corporação apura a possível prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Jair Renan chegou com quase duas horas de atraso, acompanhado do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. O defensor afirmou que o filho do presidente é vítima de fake news.
"Ele não vai se manifestar, sob minha orientação. Temos, aqui, a maior vítima de fake news. Renan Bolsonaro nunca marcou reunião, nunca ganhou carro, nunca ganhou dinheiro", disse Wassef à imprensa.
Segundo o advogado, Jair Renan não irá se manifestar por orientação jurídica. Ele ainda atribuiu a investigação a um plano da oposição para atingir o governo. "Isso é um ataque, uma investigação aberta pela esquerda brasileira. Pelo deputado Ivan Valente, pelo senador Randolfe Rodrigues. É uma investigação baseada em mentiras", disse. "O objetivo disso é atacar a imagem do presidente Jair Bolsonaro", afirmou.
De acordo com a investigação da PF, Jair Renan teria atuado junto ao governo em benefício da própria empresa. O inquérito foi aberto em março de 2021, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncia apresentada por parlamentares de oposição a Bolsonaro.
A PF tenta ouvir Jair Renan há quatro meses, ainda sem sucesso. Ele já havia sido intimado em dezembro, por meio da sua defesa, mas não compareceu ao depoimento.
O documento do inquérito indica que houve associação do filho do presidente com outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários".
Fonte: Correio Braziliense
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