Justiça de GO aceita denúncia contra aluna que ateou fogo em colega

Estudante, de 19 anos, que está presa, alega que colega zombava de seu bronzeado. Polícia não comprova as críticas

Foto: Reprodução/PMGO

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara recebeu nesta segunda-feira (25/4) a denúncia contra a estudante Islane Pereira, de 19 anos, que responderá por tentativa de homicídio. A jovem ateou fogo no corpo de uma colega de sala, de 17 anos. O caso aconteceu em 31 de março, enquanto as garotas estavam no intervalo da escola, na capital goiana.

Islane, presa desde o ocorrido, alegou que a vítima fazia críticas e zombava do bronzeado dela. Contudo, isso não ficou comprovado pelas investigações da Polícia Civil.

Processo

De acordo com o magistrado, os investigadores reuniram indícios suficientes para que o processo fosse aberto contra a jovem. No entanto, será necessário aguardar a recuperação da vítima, para decidir se o caso será tratado como tentativa de homicídio ou homicídio consumado.

A vítima permanece internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Segundo a unidade de saúde, ela está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respira com suporte de oxigênio. Seu estado de saúde é considerado regular e ela está consciente.

A jovem teve 49% do corpo queimado, com ferimentos de até 3º grau.

Na fila da merenda

Segundo relatos colhidos pela PM no local do crime, o Colégio Estadual Palmito, localizado no Jardim Novo Mundo, em Goiânia, a vítima estava na fila da merenda no momento em que a agressora se aproximou por trás.

Em seguida, de acordo com os relatos, a agressora jogou álcool na colega e ateou fogo. Funcionários da escola socorreram a aluna e chamaram o Corpo de Bombeiros.

Em nota ao Metrópoles, a Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc-GO) informou que uma equipe de saúde acompanha e dá suporte aos familiares da vítima.

Outros servidores, segundo a pasta, atuarão diretamente na unidade escolar para acolher e acompanhar os demais alunos. A secretaria também disse que realizará uma apuração interna sobre a ocorrência.

Por Laura Braga/Metrópoles