Kleber passou a jurar Valdeir de morte após saber que ele tentava convencer a filha adolescente a interromper a gravidez
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O Tribunal do Júri do Gama condenou a 11 anos, oito meses e 20 dias de prisão, Kleber Izaías da Rocha, sob a acusação de, em 2017, matar a tiros Valdeir Júnio Aquino Vilela. O crime ocorreu em um bar do Setor Oeste da região administrativa. O agora condenado atacou a vítima ao saber que Júnio tinha engravido a filha adolescente dele e pedido que ela fizesse um aborto.
Segundo a investigação, Kleber passou a jurar Valdeir de morte após saber do pedido da interrupção da gravidez. Em 14 de dezembro daquele ano, o autor, sabendo que a vítima encontrava-se em um bar, foi até lá armado e efetuou vários disparos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), o crime foi praticado com a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima. Em plenário, a promotoria pediu pela condenação do acusado nos termos da denúncia e, ainda, o reconhecimento da agravante da reincidência.
A defesa do acusado, no entanto, pediu a absolvição, sob o argumento de negativa de autoria e, eventualmente, requereu o reconhecimento do homicídio privilegiado pelo relevante valor moral.
Os jurados entenderam que o réu foi o autor dos disparos que mataram a vítima, a incidência da qualificadora, não absolveram o réu, mas acolheram a tese da defesa quanto à presença de motivo de relevante valor moral.
O juiz afirmou que as consequências do crime foram grandes, “pois além da dor e o sofrimento da companheira, parentes e amigos da vítima, restou demonstrado que a vítima deixou dois filhos em tenra idade, sendo que um deles tinha apenas cinco dias de vida. Além disso, sabe-se que a privação da companhia paterna, mormente em decorrência de crime violento como no caso dos autos, prejudica de forma bastante significativa à formação da personalidade da criança”, disse.
Com informações do Metrópoles
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