Vítima foi encontrada faminta, sem roupa, trancada em um quarto sem luz e com fezes no chão, em uma residência no Riacho Fundo
Foto: Reprodução |
A Vara Criminal do Tribunal do Júri do Riacho Fundo concedeu liberdade ao homem preso em flagrante nessa quinta-feira (12/5), acusado de torturar o irmão, de 39 anos, que tem esquizofrenia. Alino Teles de Oliveria Meneses, de 43 anos, teria privado o familiar de se alimentar e de ter acesso a necessidades básicas de higiene.
Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (13/5), a juíza Monike de Araújo Cardoso Machado entendeu que “a conduta do autuado não evidencia periculosidade exacerbada a ponto de justificar qualquer segregação antes do momento constitucional próprio, qual seja o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória. Assim, a liberdade, que é a regra, deve prevalecer durante o trâmite da persecução penal”, aponta a decisão.
A prisão, conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) em parceria com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ocorreu em cumprimento ao mandado de busca e apreensão na casa do autuado.
No local, policiais encontraram a vítima faminta, sem roupa, trancada em um quarto sem luz e com fezes no chão. Segundo a PCDF, o homem também tinha medo de sair do local e encontrar os quatro cachorros do irmão, da raça pit-bull.
“A equipe, que já acostumada a lidar com situações bem difíceis, ficou muito chocada com tudo o que viu, com o nível de crueldade desse agressor. Não bastasse a falta de comida e água, ainda tinha tortura psicológica, com os cachorros pit-bulls”, disse a delegada-chefe da Decrin, Ângela Maria.
Durante a ação policial, a vítima chegou a desmaiar de fome e foi encaminhada para atendimento hospitalar, com suspeita de grave desnutrição e desidratação. A polícia ainda recebeu denúncia de que o suspeito agredia o irmão com cabos de vassoura.
Além disso, o suspeito também teria agredido o próprio filho, de 11 anos, a irmã e a mãe idosa, que estão afastadas da residência por contarem com medidas protetivas. “É muito importante denunciar. Fica o alerta para que pessoas vizinhas que percebam alguma situação anormal, barulho diferente, que façam denúncia, pelo 197. O anonimato é garantido”, frisou a delegada.
Com informações do Metrópoles
Nenhum comentário