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Médica ucraniana é presa por russos após gravar atendimentos

Yuliia Paievska, de 53 anos, acoplou uma câmera em seu capacete para registrar os horrores da guerra


Foto: Reprodução/Yuliia Paievska/Vídeo cedido à AP


A médica ucraniana Yuliia Paievska, de 53 anos, que acoplou uma câmera em seu capacete para registrar os horrores da guerra, foi presa por soldados russos em Mariupol, cidade do sul do país.


Segundo informações de agências internacionais de notícias, o governo de Vladimir Putin acusa a médica de ter ligação com o Batalhão Azov, grupo que faz parte do Exército Ucraniano e que a Rússia acusa de neonazismo. A Ucrânia nega.


Yuliia fez imagens de resgates de vítimas dos ataques feitos pelas tropas invasoras da Rússia. As imagens mostram o trabalho de Yuliia em um hospital militar onde liderou os cuidados com os feridos, no período entre 6 de fevereiro e 10 de março.


Nas filmagens, também é possível ver a médica salvando tanto soldados russos, como civis ucranianos.


Antes de ser capturada, ela entregou as imagens, armazenadas em um microchip, dentro de um absorvente aos únicos jornalistas estrangeiros que estavam em Mariupol durante a ocupação russa, da Associated Press.


Sem saber o paradeiro da mãe há mais de quatro semanas, a filha de Paievska, Anna-Sofia Puzanova, fez um apelo esta semana ao governo russo para que liberte a médica, o que não foi atendido.


Rússia e Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos. A guerra completa neste domingo (22/5), 88 dias.


Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky.


Com informações do Metrópoles

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