Vídeo mostra assassino de dono de bar em fuga logo após o crime

Imagens do circuito interno de segurança colhidas pela polícia mostram o responsável pelo homicídio minutos após o crime

Foto: Reprodução

Imagens das câmeras do circuito interno de segurança colhidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mostram o suposto assassino do empresário Silvio Ronaldo, 57 anos, poucos minutos após cometer o crime. O homem, que aparece com um casaco e capuz, dirige um Peugeot preto e segura uma mochila nas mãos. O dono do Silvio’s Bar e Restaurante, situado na 114 Norte, foi morto a tiros enquanto saía de casa para caminhar, na manhã dessa terça-feira (30/8), em Sobradinho 2. Veja abaixo o vídeo da câmera de segurança.

O vídeo é registrado às 7h36, cerca de seis minutos após os vizinhos terem escutado o barulho dos tiros. Nas imagens, o homem estaciona o veículo em uma estrada de terra e desce em seguida com uma mochila colorida nas mãos. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

Como de costume, Silvio caminhava praticamente todas as manhãs. Nesta terça-feira (30/8), por volta das 7h30, quando abriu a porta, o empresário foi surpreendido a tiros. Ao Correio, o cunhado dele, Silas Camilo, 56, contou que, mesmo ferido, ele conseguiu subir a escada estreita e correu para o quarto da casa, onde se trancou. O assassino o teria seguido e efetuado pelo menos três disparos de arma de fogo contra a porta do cômodo. “A fechadura também estava arrombada, o que indica que ele entrou no quarto”, contou.

O Correio esteve no apartamento de Silvio. O imóvel pequeno de quatro cômodos evidencia um cenário de terror com marcas de sangue para todo o lado. Quando os policiais foram acionados, encontraram na casa um carregador de pistola; uma cartela de munição .380 fechada; e uma cartela de munição .380, contendo duas unidades. No bolso da calça de Silvio, a polícia encontrou um total de R$ 2.185, enrolados em uma liga plástica. Próximo à porta de entrada do apartamento, havia ainda R$ 1 mil, além de três carteiras de couro com documentos e o celular.

Motivação

A polícia ainda trabalha para entender o que motivou o assassinato. Uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que ouviu o momento dos disparos. “Achei que alguém estivesse batendo em algum móvel. Acordei com esse barulho e, quando olhei pela janela, vi o motorista fechando a porta e dando partida rapidamente”, contou.

Como a rua não tem saída, o assassino já teria posicionado o veículo de uma forma que ele pudesse evitar manobras e fugir no tempo mínimo. Uma outra pessoa relatou que, na noite de segunda-feira, viu o mesmo carro passar por mais de uma vez na rua. “Ficava subindo e descendo. Parecia realmente esperar por alguém.” Policiais civis identificaram a placa do veículo, mas o verdadeiro proprietário teria vendido o automóvel e a transferência não havia sido concluída.

Segundo o cunhado de Silvio, a família não descarta a hipótese de latrocínio. “Ele não aceitava cartão na empresa, então andava com muito dinheiro o tempo todo. É o que acreditamos. Não tinha guerra com ninguém e era uma pessoa muito alegre, extrovertida, que fazia o bem. Todos nós estamos abalados", disse Silas. O sepultamento de Silvio ainda não foi marcado. O caso é investigado pela 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2).

Com informações do Correio Braziliense