O valor diz respeito ao total achado no cumprimento de mandados no DF e no Rio de Janeiro. Ainda 128 veículos foram apreendidas
Foto: Reprodução |
A operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quarta-feira (14/9) para combater o jogo do bicho apreendeu mais de R$ 1,15 milhão em espécie. Os agentes ainda recolheram 128 veículos.
Segundo os investigadores envolvidos na Operação Téssera, os números dizem respeito ao total apreendido no DF e no Rio de Janeiro. De todos os carros, 100 eram vinculados a uma agência de revenda usada para lavagem de dinheiro e 28 estavam em residências que foram alvo de buscas.
Agentes cumpriram, ainda, 43 mandados de busca e apreensão em um endereço no Guará e em um hotel de Águas Claras, onde o líder da quadrilha, um homem de 59 anos, morador do Rio de Janeiro (RJ), ficava ao vir a Brasília.
No RJ, o líder tem uma agência de veículos de compra e revenda de veículos, segundo a PCDF, o que facilitava a lavagem de dinheiro do grupo.
De acordo com o delegado Jorge Teixeira, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), o suspeito é um cara reservado e discreto. “Quando vem a Brasília, traz apenas uma bolsa” disse. “Ele não transita com dinheiro em espécie também”, ressaltou.
“A organização criminosa agia de maneira hierarquizada, com definida divisão de tarefas, e explorava o jogo de azar e a lavagem de milhões de reais. Grande parte desse valor era escoado para o Rio de Janeiro, onde o dinheiro era lavado na loja de revenda de veículos”, informou Teixeira em entrevista à imprensa.
O chefe da organização não foi preso por falta de mandado de prisão.
Veja alguns dos carros utilizados pela quadrilha:
Durante a operação, a PCDF identificou oito policiais militares e um penal, integrantes da organização criminosa. Eles foram contratados para fazer o recolhimento e a escolta do dinheiro das bancas para as bases regionais e das bases regionais para o hotel em Águas Claras.
A participação dos policiais está sendo investigada e, se comprovada, eles podem ser indiciados por organização criminosa.
Empresário preso
Preso em flagrante, na manhã desta quarta-feira (14/9), por porte ilegal de arma de fogo, o empresário Juracy Alves Cabral é um dos investigados na Operação Téssera. A ação mira uma organização criminosa especializada na exploração do jogo do bicho. Com casas de apostas espalhadas pela capital federal, o grupo conseguiu movimentar milhões de reais.
Téssera
O nome da operação significa “bilhete” em latim e faz alusão aos comprovantes de apostas do jogo do bicho.
Com informações do Metrópoles
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