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Agente da PRF a caminhoneiros: "Única ordem é estar aqui com vocês"

Em vídeo, agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que a ordem da instituição é somente ficar no local


Foto: Reprodução/Twitter

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em protesto de caminhoneiros em uma rodovia de Santa Catarina, tranquilizando os manifestantes ao dizer que não vão fazer nada em relação aos bloqueios. O policial afirma que a ordem da instituição é apenas permanecer no local.

"A única coisa que eu tenho a dizer nesse momento é: a única ordem que nós temos é estar aqui com vocês, só isso", declara o agente em meio a um grupo de bolsonaristas em Palhoça (SC). Em seguida, os manifestantes que ouviam as palavras do policial, comemoram e agradecem ao PRF.


Em outro vídeo, gravado em Rio do Sul, Santa Catarina, um agente faz uma declaração na mesma vertente. Ele alega aos manifestantes que está no local apenas para monitorar e que não aplicará multas. "Outro compromisso que eu faço com vocês aqui, nenhum veículo que está aqui na manifestação será alvo de qualquer notificação”, garantiu. Já em São Paulo, policiais rodoviários foram flagrados ajudando os bolsonaristas as cortarem uma cerca próximo ao aeroporto de Guarulhos, segundo apontam internautas.

A PRF se manifestou sobre os episódios e ressaltou, em nota, que sempre trabalhou para garantir a mobilidade eficiente e a preservação da ordem pública nas rodovias federais brasileiras. "Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionado equipes para os locais e iniciando processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos", afirmou a corporação.

Bolsonaristas pedem intervenção militar
Logo após o resultado das eleições presidenciais, que deram vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas para protestar contra a vitória do petista e pedir intervenção do Exército Brasileiro. 72 horas para o exército tomar conta [...] Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e só saímos da rua quando o Exército intervir. É o nosso futuro que está em jogo”, afirmou um dos integrantes do movimento em vídeo publicado na internet.

De acordo com os caminhoneiros, eles “só voltarão para casa quando o exército tomar o Brasil”. Alguns integrantes da categoria estão usando as redes sociais para convocar eleitores de Bolsonaro para os protestos e, segundo alguns manifestantes no Twitter, representantes do agronegócio também estão aderindo à paralisação. “Ou lutamos agora ou perderemos o Brasil para o resto da vida”, disse um bolsonarista em vídeo.

As primeiras estradas bloqueadas foram no Mato Grosso. Horas depois, na madrugada desta segunda-feira (31/10), caminhoneiros interditaram vias em Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Sul do país. No último balanço divulgado pela PRF no início desta noite, 321 ocorrências de bloqueios foram registradas em, ao menos, 20 estados.

Entre os que tiveram maior número de casos, Santa Catarina registrou 42 bloqueios, Mato Grosso do Sul, 32 interdições, Paraná teve 18 interdições e 6 bloqueios, Pará teve 17 interdições, mesmo número de Rondônia. Goiás registrou 10 interdições, Rio de Janeiro, 9 interdições, São Paulo teve 7 bloqueios. Segundo a PRF, 75 manifestações foram desfeitas.

Caminhoneiros recebem apoio de parlamentar bolsonarista
Com mais de 24h de silêncio de Bolsonaro, os protestos ganham força. Nas redes sociais, alguns apoiadores do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli, parabenizam os caminhoneiros e incentivam os manifestantes a continuarem. “Permaneçam, não esmoreçam”, escreveu a parlamentar bolsonarista.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira (31) que é responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) resolver os bloqueios de caminhoneiros a favor do atual governo, derrotado ontem nas urnas. "São bloqueios políticos e estão causando prejuízo ao Brasil e à população brasileira. Quero lembrar que quem é o presidente do Brasil nesse momento é Jair Messias Bolsonaro. A responsabilidade sobre isso é dele e dos órgãos que ele governa. Ele tem que resolver isso para não prejudicar a população", declarou Gleisi a jornalistas em São Paulo.

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