Segundo a irmã da vítima, Osmar Wichoki voltava para casa depois de um dia de trabalho no momento do acidente. No Facebook, Elizete Pinto se posicionou criticamente contra as manifestações
Foto: Reprodução |
O empresário Osmar Wichoki, 56 anos, morreu após colidir com uma carreta parada no bloqueio feito por manifestantes na BR-364, que fica na região do Trevo Largo, ligando Jangada e Várzea Grande, no Mato Grosso, na noite de segunda-feira (31/10). No local, ocorria um protesto de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), contrários ao resultado das eleições de domingo.
Osmar era dono de uma rede de supermercados e diretor financeiro da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat). As informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dão conta de que o empresário não conseguiu enxergar a barricada por falta de sinalização na via. Segundo a PRF, chovia quando ele bateu o caminhão que dirigia na traseira de uma carreta que estava parada na manifestação.
Segundo a equipe de resgates da Concessionário Rota do Oeste, o empresário ficou preso nas ferragens e não resistiu aos ferimentos, após uma parada cardíaca. A chegada da equipe apenas constatou a morte. O outro motorista não se feriu.
Segundo a irmã da vítima, Osmar voltava para casa depois de um dia de trabalho no momento do acidente. No Facebook, Elizete Pinto se posicionou criticamente contra as manifestações. "Por causa desses protestos nojentos que estão acontecendo no país hoje, perdi meu irmão que foi meu pai. Meu irmão. Meu confidente. Meu herói. Meu orgulho. Meu tudo. Te admiro muito meu mano, saiba onde você estiver que você é e sempre sera o meu mano lindo. Infelizmente um caminhoneiro irresponsável com as luzes apagadas em um bloqueio, no escuro, sem sinalização nenhuma e debaixo de muita chuva, tirou a vida do meu irmão", publicou.
A irmã da vítima também pediu por compaixão para que outros não sejam vítimas das manifestações.
Esta terça-feira (1º/11) marca o segundo dia de uma onda de protestos que já fecharam ao menos 300 rodovias em todo o país, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A maioria do Superior Tribunal Federal (STF) validou, nesta madrugada, a determinação do ministro Alexandre de Moraes à PRF e às polícias militares dos estados para que desbloqueassem as vias públicas interditadas por caminhoneiros bolsonaristas desde domingo.
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