Vítimas eram mantidas em situação análoga à de escravidão e em cárcere. Prostíbulo ficava escondido dentro de bar de fachada, no Itapoã
Foto: Divulgação / PCDF |
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fechou uma casa de prostituição onde mulheres eram submetidas a situação análoga à escravidão sexual. O estabelecimento funcionava ilegalmente no Itapoã. Na sexta-feira (18/11), os investigadores resgataram duas vítimas, de 20 e 21 anos.
Na ocasião, a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) desencadeou a Operação Tchê. A casa de prostituição funcionava dentro de um comércio onde funcionava um bar de fachada.
Assista ao vídeo da operação:
“Elas faziam programas, eram submetidas a jornadas de trabalhos exaustivas e degradantes, além de serem impedidas de sair”, detalhou o delegado-chefe da 6ª DP, Ricardo Viana.
As vítimas ficavam mantidas sob tutela da dona e da gerente do prostíbulo, segundo o delegado. As responsáveis pelo estabelecimento também cobravam pelo dinheiro da passagem de ônibus, por comida, além de percentuais do valor de cada programa.
As duas jovens não eram do DF, mas se mudaram para a capital do país, onde moravam e trabalhavam na casa de prostituição. Após o resgate, as jovens foram encaminhadas para acompanhamento do programa de proteção à vítima, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).
Posteriormente, elas serão transferidas para os estados de origem. “Outras mulheres que estavam no local e em condições suspeitas foram levadas à delegacia para serem ouvidas, na condição de testemunhas”, completou Ricardo Viana.
O delegado acrescentou que a proprietária e a gerente foram autuadas pelos crimes de manutenção de casa de prostituição; rufianismo — se favorecer de pessoas nessa condição; e por submissão de outra pessoa a condição análoga à de escravidão.
Em caso de condenação, as penas podem chegar a 20 anos de prisão.
Denuncie
Quem souber de casos semelhantes pode fazer denúncia anônima à Polícia Civil, pelo telefone 197.
Com informações do Metrópoles
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