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Moradores não querem Bolsonaro como vizinho e instalam outdoor: "Jair aqui não"

Segundo moradores do condomínio Ville de Montagne, na região do Jardim Botânico, a presença do presidente na região após 1º de janeiro causaria uma série de problemas


Um outdoor contra o presidente Jair Bolsonaro foi instalado no Jardim Botânico após a notícia de que o PL, ao qual o presidente é filiado, pretende alugar uma casa em um dos condomínios da região.

Segundo moradores, a presença de Bolsonaro no condomínio Ville de Montagne causaria uma série de problemas para a região como transtornos de locomoção e risco de segurança. Eles argumentam que a área é conhecida pelo cuidado com o meio ambiente e pela cultura de paz. 

Outra preocupações dos moradores é com o trânsito da equipe do presidente, como assessores e seguranças. De acordo com eles, a portaria do condomínio não comporta a entrada de comboios. 

Além disso, eles argumentam que a residência seria mais um gabinete partidário e que não se adequaria à região residencial.

O outdoor foi instalado entre o balão do Condomínio Solar de Brasília e o Condomínio Ville de Montagne, na direção da ponte JK, e diz "Jair aqui NÃO! Jardim Botânico QUER PAZ!". Os moradores fizeram uma vaquinha para arrecadar o dinheiro.

Segurança é uma das grandes preocupações

Segundo Marília Cunha, 63, moradora do Condomínio e aposentada da Anvisa, a movimentação para a instalação do outdoor ocorreu após notícias saírem na imprensa de que Bolsonaro teria uma residência na região.

Ao Correio, Marília contou que assim que souberam da possibilidade de Bolsonaro ir morar lá, um grupo de moradores entrou em contato com outros moradores da região e assim, resolveram manifestar o repúdio.

Marília explica ainda que uma das maiores preocupações dos moradores com a presença de Bolsonaro é que ele é a favor das armas. "Nós temos harmonia no condomínio e vem para cá uma pessoa que defende arma, vem pessoas na casa dele armadas", explica Marília.

"Nós vivemos em um Condomínio que só tem uma entrada, seguranças dele, a gente sabe das histórias do Rio, a gente não quer confusão, não queremos alguém que defende armas aqui", pontuou ela também.



Com informações do Correio Braziliense - Camilla Germano

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