Vereadores discutiam projeto, quando vereadora foi puxada pelo braço, abraçada por trás e beijada à força, sem prévia autorização
Foto: Reprodução/Câmeras se segurança |
A vereadora Carla Ayres (PT) sofreu assédio sexual em plena sessão plenária, na Câmara Municipal de Florianópolis. Ela foi abraçada e beijada à força por um parlamentar durante a sessão. A cena foi flagrada pelas câmeras que transmitiam a reunião ao vivo.
Segundo a vereadora, ela participava da sessão e discutia um projeto de lei com Marquinhos da Silva (PSC), quando foi abordada pelo vereador. Nas imagens é possível ver o momento em que o parlamentar a puxa pelo braço e, ao ver sua recusa, se levanta, enquanto a vereadora tenta sair. Na sequência, ele a abraça por trás, cruzando os braços em frente ao corpo dela e a beija à força.
Após o caso, Carla denunciou o assédio e publicou o vídeo nas redes sociais. "No dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu", disse. Veja o vídeo:
Em nota, o vereador admitiu ter agido de forma inconveniente e que abordou a vereadora sem autorização. Ele pediu desculpas, mas se disse triste pela acusação de assédio. "Reconheço meu erro em abordar a vereadora de maneira inconveniente, sem a sua autorização, e diante disso peço minhas sinceras desculpas a ela e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas pelo meu ato. Ressalto que em nenhum momento agi de maneira mal-intencionada, porém, fui infeliz em invadir o seu espaço. Levarei essa atitude equivocada como um aprendizado, compreendendo essa situação e repudiando toda forma de assédio", escreveu.
Ao Correio, o Partido Social Cristão (PSC), a qual o vereador Marquinhos é filiado, disse que defende o respeito incondicional às mulheres e não compactua com nenhuma atitude de seus filiados que possa constranger ou colocar em risco a integridade física e emocional das mulheres. "O partido acompanhará as investigações sobre o caso e vai orientar o diretório estadual a abrir sindicância para apurar os fatos", disse a legenda, por meio de nota.
A reportagem também tentou falar com a Câmara Municipal de Florianópolis para saber se a conduta do parlamentar vai será investigada. No entanto, nenhum dos telefones da assessoria de comunicação, fornecidos pela própria casa legislativa, atenderam as ligações.
Ao Correio, o Partido Social Cristão (PSC), a qual o vereador Marquinhos é filiado, disse que defende o respeito incondicional às mulheres e não compactua com nenhuma atitude de seus filiados que possa constranger ou colocar em risco a integridade física e emocional das mulheres. "O partido acompanhará as investigações sobre o caso e vai orientar o diretório estadual a abrir sindicância para apurar os fatos", disse a legenda, por meio de nota.
A reportagem também tentou falar com a Câmara Municipal de Florianópolis para saber se a conduta do parlamentar vai será investigada. No entanto, nenhum dos telefones da assessoria de comunicação, fornecidos pela própria casa legislativa, atenderam as ligações.
Como denunciar assédio ou violência contra mulher
Em uma situação emergencial, ligue para a Polícia Militar- telefone: 190
Central de Atendimento à Mulher- telefone:180
Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos: www.gov.br/mdh/pt-br/ondh.
Em Brasília, a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
Polícia Civil: Telefone 197
E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
Nenhum comentário