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Furtos de tampas de bueiro e de fios elétricos causam prejuízo à população

Em dois anos, Neoeneregia gastou R$ 2,7 milhões para repor fios elétricos furtados e fez parceria com a Secretaria de Segurança para coibir o crime. A Novacap reparou quase cinco mil bueiros no mesmo período


Foto:  José Augusto Limão / C.B / D. A Press
Os furtos de tampas de bueiro e de fios elétricos são um crime que causa transtornos à população e acontecem em todo o Distrito Federal. O problema impacta no dia a dia, causando quedas no fornecimento de energia e prejudicando a mobilidade urbana.

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) relata que, nos últimos dois anos, intensificou os cuidados com o fechamento de bueiros. Em 2021, a empresa estatal reparou 1,8 mil unidades, número que aumentou 36% em 2022, com 2,4 mil proteções do tipo restauradas. De um período para o outro, os dispositivos de drenagem limpos (bocas-de-lobo e bueiros, por exemplo) aumentaram de 10,4 mil para 12,4 mil. Os gastos com manutenção do sistema de drenagem caíram pela metade, apesar de ainda terem custo alto. Foram aplicados R$ 10,4 milhões na realização dos serviços, em 2021. No ano seguinte, foram investidos R$ 5,1 milhões.

Não é incomum que pessoas de várias regiões recorram a galhos de árvores para "sinalizar" bueiros abertos. Um exemplo do transtorno que a prática ilegal pode causar aconteceu em 18 de janeiro, quando moradores da Rua 8, no Condomínio Imperial, em Vicente Pires, tiveram de colocar um andador de bebê sobre um bueiro que estava coberto com papelão para alertar os condutores. Com isso, os motoristas puderam visualizar o buraco e desviar.

Depois da repercussão, a administração regional providenciou o fechamento. O órgão confirmou que as tampas de metal são alvos frequentes de furtos. Nos pontos do DF de maior incidência de furto de tampas, a Caesb começou a instalação de travas que impedem a retirada da peça.

Segurança

Em relação à subtração de fios, segundo a Neoenergia Brasília, as regiões administrativas com mais ocorrências foram Asa Norte, Águas Claras e Asa Sul. De janeiro a dezembro de 2021, a empresa registrou 444 furtos de cabos na rede subterrânea do DF, com um prejuízo superior a R$ 1 milhão. No mesmo período de 2022, houve queda no número de casos — foram 325. Porém, a perda financeira aumentou 60% e ficou em R$ 1,7 milhão.

Para coibir as ações criminosas, a concessionária tem trabalhado em parceria com as forças de segurança pública. Em janeiro do ano passado, a empresa iniciou a implantação de sistemas eletrônicos de segurança em subestações e galerias subterrâneas para limitar o acesso de pessoas não autorizadas às instalações. Também repassou às autoridades policiais informações estratégicas para auxiliar na identificação e na prisão dos infratores.

Transtorno no tráfego

Segundo o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), Wesley Cavalcante, o furto de fios também é um transtorno aos condutores, que podem ser prejudicados pela falta de energia para o funcionamento de semáforos. "Quando ficam apagados, as consequências negativas atingem todos os usuários de uma via, com risco de colisão frontal, lateral ou atropelamento", alerta o especialista.

Se o problema ocorrer, Wesley recomenda que os condutores redobrem a atenção na direção e que os pedestres tenham cuidado ao caminhar na rua. "No caso de bueiro sem tampa, é preciso avisar o Detran com a maior brevidade possível para fazer o isolamento da área até que a autoridade responsável possa providenciar a recolocação imediata", complementa.


Com informações do Correio Braziliense - Pedro Marra

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