Os envolvidos responderão por latrocínio, homicídio, extorsão mediante sequestro com resultado morte, ocultação de cadáver e corrupção de menores
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press |
Latrocínio, homicídio, extorsão mediante sequestro com resultado morte, ocultação de cadáver e corrupção de menores estão entre os crimes que os envolvidos na maior chacina do Distrito Federal vão responder na Justiça. Somadas, as penas podem chegar a 340 anos de prisão. No Brasil, no entanto, a pena máxima é de 40 anos.
Gideon Batista de Menezes, 55 anos; Horácio Carlos, 49; Fabrício Silva Canhedo, 34; e Carlomam dos Santos Nogueira, 26, foram presos e são considerados os integrantes do núcleo criminoso responsável por articular, planejar e executar os sequestros e assassinatos. Para a prática da ação, o grupo contratou Carlos Henrique Alves da Silva, 27, conhecido como Galego, e um adolescente, de 17 anos.
A chacina começou a ser orquestrada há, pelo menos, três meses. O “cabeça” do esquema é Gideon, segundo revelaram as investigações. Ele, Fabrício, Carlomam e Horácio responderão pelo latrocínio de Marcos Antônio Lopes, 54, o sogro da cabeleireira Elizamar da Silva, 37; pelos homicídios de Elizamar, dos três filhos dela — Gabriel, 7, e dos gêmeos, Rafael e Rafaela, 6 — e do marido dela, Thiago Belchior, 30; e pela extorsão mediante sequestro com resultado morte de Renata Belchior, 52, Gabriela Belchior, 25, Cláudia Regina, 55 e Ana Beatriz, 19, esposa, ex-mulher e as duas filhas de Marcos.
Os homicídios de Elizamar e dos filhos contém qualificadoras por terem sido cometidos por motivo fútil, torpe e pelo meio incendioso. Além disso, os criminosos vão responder por ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Auxílio
Para a prática criminosa, o grupo contratou e pagou R$ 2 mil (cada) para um adolescente e para Carlos. O adolescente participou junto a Carloman dos assaltos planejados para sequestrar Renata, Gabriela, Cláudia e Ana. A apreensão do menor, no entanto, dependerá da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
“Os autores estavam em posse de R$ 49.500 referente à venda da casa de Cláudia, conduta essa caracterizada como latrocínio. O fato de manter as vítimas e retirar valores é a extorsão mediante sequestro. Quanto à Elizamar, os filhos e o marido, não vimos intenção econômica, por isso, é homicídio, além da ocultação do cadáver de Marcos e destruição de cadáver das vítimas que foram carbonizadas”, afirmou o delegado-chefe da 6ª DP, (Paranoá), Ricardo Viana, em coletiva de imprensa desta sexta-feira (27/1).
As penas variam de 190 a 340 anos de prisão. O inquérito foi enviado à Justiça e será analisado pelo Ministério Público (MPDFT), que decidirá se oferecerá ou não denúncia.
Com informações do Correio Braziliense - Darcianne Diogo
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