De acordo com o governo, criminosos armados furaram bloqueio e atiraram contra agentes do Ibama na base da aldeia Palimiú, na TI Yanomami
Ascom/Ibama |
Uma base federal localizada na aldeia Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foi atacada a tiros nesta quinta-feira (23/2). De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), agentes do órgão foram alvo de disparos feitos por criminosos que invadiram o acampamento, instalado há duas semanas. A região vive uma crise humanitária causada pelo avanço do garimpo.
Ainda de acordo com o instituto, os invasores furaram um bloqueio montado no Rio Uraricoera e atiraram contra agentes que haviam abordado uma das embarcações. Os fiscais revidaram e houve troca de tiros, que deixou um dos garimpeiros ficou ferido.
O homem foi detido pela Polícia Federal (PF) por atacar servidores públicos e estava internado até a noite desta quinta. Segundo o governo, os suspeitos desciam o rio em sete “voadeiras”, uma embarcação movida a motor com estrutura e casco de metal, de 12 metros carregadas de cassiterita.
Trata-se de um minério do qual é extraído o estanho, um metal cada vez mais valorizado pela indústria. É bastante utilizado para soldar componentes eletrônicos e no revestimento interior de latas de alimentos. O carregamento foi roubado da terra indígena e identificado por drones operados pelo Ibama.
Fuga
Após o ataque, os criminosos fugiram. Como informa o Ibama, a segurança da base de controle é realizada por agentes da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama. O Instituto pediu à PF reforço da segurança na base.
O principal objetivo da base é impedir a entrada de barcos com suprimentos e equipamentos para garimpos no território Yanomami. Desde a instalação de uma barreira física com cabos de aço, no último dia 20, nenhum barco carregado seguiu em direção aos garimpos.
“Foi um ataque criminoso programado. Todos aqueles que tentarem furar o bloqueio serão presos. Acabar com o garimpo ilegal é uma determinação do presidente Lula”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
Com informações do Metrópoles - Augusto Tenório
Maria Eduarda Portela
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