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PM do DF atropelado diz que bombeiro não prestou socorro: “Foi embora”

O PM Márcio Bittencourt da Silva, 55, estava de moto quando foi atropelado por um carro conduzido pelo bombeiro Lucas Lopes Araújo, no Guará


Reprodução
“Eu achei que fosse morrer”. Assim define o sargento aposentado da Polícia Militar do DF (PMDF) Márcio Bittencourt da Silva, 55 anos, os momentos de tensão que viveu ao ser atropelado na manhã de sábado (11/2) pelo cabo do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) Lucas Lopes Araújo, 29, na QE 28 do Guará 2.

Ao Metrópoles, Márcio dirigia uma moto quando um automóvel branco dirigido pelo bombeiro passou por cima dele e fugiu sem prestar socorro. “Eu achei que fosse morrer. Quando me dei conta, estava no chão, com uma dor muito forte nas costas. Parecia que meu braço estava quebrado e eu não conseguia respirar. Naquele momento, veio o desespero”, recorda o PM.

Devido à velocidade do impacto, Márcio não conseguiu ver de onde veio o veículo, mas confirma não ter recebido socorro por parte do motorista. “Não vi onde acertou, foi muito rápido. Só me lembro da pancada e tudo virando. Ele [motorista] foi embora. Ninguém anotou nada. As pessoas só conseguiram ver que era um carro branco”, afirma.

Silva foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, onde permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O militar fraturou cinco costelas, lesionou o fígado e teve escoriações pelo corpo todo. “Amanhã eu vou passar por uma avaliação, para saber se o meu fígado vai precisar passar por cirurgia”, informou.

“Somente agradecer a Deus pela oportunidade de poder estar no hospital me recuperando. Nesses 40 anos que ando de moto, nunca tinha acontecido nada comigo”, declara.

O PM atua como assessor parlamentar do atual deputado distrital João Hermeto (MDB). Ele voltava do trabalho e estava a cerca de 30 metros de casa quando foi atropelado. A 4ª Delegacia de Polícia (Guará) investiga o caso.

O que diz o Corpo de Bombeiros

Procurado, o Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) informou estar averiguando as informações e dados dos envolvidos. “Mas, desde já, a corporação reforça que não coaduna com nenhum comportamento de seus militares que coloque em risco a integridade física ou moral da população”, disse, em nota.


Com informações do Metrópoles - Na Mira

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