Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro apagou o tuíte que criticava o valor da gasolina em março do ano passado. Naquela época, o pai dele estava à frente do comando do país
Marcos Corrêa/PR |
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro usou uma matéria publicada pelo Correio em março de 2022 para criticar o preço da gasolina na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A publicação do deputado federal pelo PL foi feita nesta terça-feira (7/3). Horas após a postagem, o filho de Jair Bolsonaro excluiu o tuíte.
Confira a captura de tela da publicação:
Alta nos combustíveis
O contexto registrado na matéria do Correio era de volatilidade no mercado internacional de petróleo. À época, o mundo vivia incertezas causadas pelos primeiros meses da guerra entre Rússia e Ucrânia. Diante disso, havia um receio de escassez do óleo.
Com a redução da oferta, houve um movimento de alta no valor do petróleo. A commodity do tipo Brent girava em torno do US$ 100 o barril. Como parte da gasolina comercializada no Brasil pela Petrobrás é importada, a petroleira repassou para o consumidor os altos valores do mercado internacional.
Alta da gasolina e queda no petróleo
Embora o conflito entre russos e ucranianos esteja longe do fim, o cenário de guerra não causa mais altas no mercado internacional de petróleo. Isso porque o óleo tipo Brent está na casa dos US$ 80, nos últimos meses.
A alta na gasolina e no etanol registrada na semana semana diz respeito à volta dos impostos federais sobre os combustíveis. Isso ocorreu porque, no ano passado, às vésperas do período eleitoral, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro aprovou junto ao Congresso a desoneração no valor de combustíveis. A medida, à época, foi justificada como uma forma de controlar a inflação.
Ou seja, a alta na gasolina — que Eduardo Bolsonaro tentou mostrar com uma publicação antiga — ocorreu por causa de uma retomada dos tributos. Procurado pelo Correio para comentar a publicação, o filho de Jair Bolsonaro não respondeu.
Com informações do Correio Braziliense - Francisco Artur
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