Um casal foi preso por recrutar pessoas para o PCC. Caso a denúncia seja aceita, os envolvidos podem responder por associação criminosa
Divulgação/PCDF |
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Ministério Público da União apresentaram denúncia contra três pessoas que seriam responsáveis por recrutar integrantes para a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a denúncia, no trio está o homem que foi preso em 15 de março no âmbito da Operação Sicário no DF.
Os três denunciados estão no sistema penitenciário da capital federal. Trata-se de Walter Pereira, conhecido como Waltinho; Grasielly dos Santos Oliveira de Lima, chamada de Rapunzel, que também integra as bases do PCC e é casada com Walter; e o filho de Walter — que recebeu do pai a missão de “batizar” (recrutar) novos integrantes para o PCC em Brazlândia.
Segundo o MPDFT, os três, de forma “livre e consciente, promoveram, constituíram, financiaram e/ou integraram, pessoalmente, organização criminosa, associando-se de forma estruturalmente ordenada e caracterizada por divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o propósito de obter vantagens de natureza econômica e imaterial, mediante a prá tica de infrações penais com penas máximas superiores a 04 anos”.
A denúncia ainda mostra que Walter “ordenou” que o filho levasse drogas para Ceilândia, Brazlândia, Samambaia e Recanto das Emas. Caso a Justiça aceite a denúncia, os três responderão por associação criminosa.
Relembre o caso
Policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) prenderam um casal responsável por recrutar integrantes para a facção paulista PCC. As prisões ocorreram no Distrito Federal, na quarta-feira (15/3), no âmbito da Operação Sicário.
O homem foi detido em Brazlândia, na Quadra 35 da Vila São José, e a mulher, na quadra QR 512 de Samambaia. Segundo a investigação, ambos pertencem ao PCC. Na casa da mulher, foi localizada uma pistola calibre 380 e porções de maconha e cocaína. Na do homem, porções de maconha e cocaína, tudo pronto para o varejo.
De acordo com a polícia, o suspeito foi colocado no PCC pelo próprio pai, que também pertence à facção e se encontra preso na Penitenciária 1 do DF (PDF1), cumprindo pena de 53 anos de reclusão. Ele recebeu do pai a missão de “batizar” (recrutar) novos integrantes para o PCC em Brazlândia. Também tinha a missão de atacar policiais e atear fogo nos ônibus da cidade.
Em 2019, já custodiado na PDF 1, o pai do criminoso envolveu-se na transmissão de recados ameaçadores a um delegado da PCDF e à Juíza da Vara de Execução Penal do Distrito Federal, Leila Cury. Em 2018, o mesmo criminoso foi preso pela PCDF e processado pelo ataque a 22 caixas eletrônicos do Distrito Federal. Em razão dos ataques ele foi condenado a 10 anos de reclusão. Também pesam em desfavor dele condenações por tráfico de drogas, roubo qualificado, homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Em 2015, o pai do criminoso também foi surpreendido em Samambaia detendo 39 artefatos explosivos na companhia da mulher, presa na manhã desta quinta, atualmente esposa dele.
De acordo com as investigações da 18ª DP, o objetivo do PCC era gerar pânico na cidade, não apenas recrutando novos integrantes, mas atacando grupos rivais, a polícia e a população. Segundo recados transmitidos pela facção e captados pela polícia, os recrutados deveriam retomar as “guerras de sangue” da cidade.
Com informações do Metrópoles - Na Mira
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