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Prepare o bolso: remédios terão reajuste de 5,6% a partir deste sábado (1º/4)

Índices de reajustes dos remédios são calculados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e atualizados anualmente


Daniel Ferreira/Metrópoles
O governo federal definiu, nesta sexta-feira (31/3), as taxas de reajuste no preço dos medicamentos para o próximo ano. A partir de abril, o valor dos remédios terá aumento de até 5,6%.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta. Os índices de reajustes são atualizados anualmente, conforme cálculos realizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

O cálculo usa uma fórmula que se baseia na inflação, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses, até fevereiro de cada ano.

A medida publicada nesta sexta, contudo, pode não afetar diretamente os valores praticados nas farmácias, uma vez que a Cmed define o valor máximo que cada remédio pode atingir no mercado, e não age como tabelamento de preços.

“Ano atípico”

Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirmou que os últimos anos foram “atípicos” para o setor, especialmente devido à pandemia causada pelo coronavírus e diante da incidência de sintomas pós-Covid, que impulsionaram preços. A guerra da Ucrânia também elevou gastos com logística, informou o sindicato.

“Mesmo reajustando preços pelo índice autorizado ou sendo obrigadas a reduzir descontos em alguns produtos, várias indústrias farmacêuticas fecharam o balanço de 2022 com margens reduzidas”, consta na nota divulgada pela entidade.

Ainda em comunicado, o Sindusfarma ressaltou que o consumidor deve pesquisar os preços dos medicamentos e estar atento aos valores, já que nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor sem autorização do governo.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda Nelson Mussolini, presidente do sindicato.

Além disso, a entidade pontuou que o reajuste não é automático nem imediato. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, explicou Mussolini.


Com informações do Metrópoles - Rebeca Borges

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