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Bolsonaro chega para depor na Polícia Federal sobre ataques golpistas de 8 de janeiro

O inquérito foi instaurado pelo ministro Alexandre de Moraes. O magistrado atendeu a uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou incitação por parte de Bolsonaro nos atos


Foto: TV Globo/Reprodução
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou na manhã desta quarta-feira (26/4) na sede da Polícia Federal para prestar depoimento no inquérito que investiga os ataques golpistas de 8 de janeiro que resultaram na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. Ele chegou na sede da corporação às 9 horas e entrou pela garagem. 

O inquérito foi instaurado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado atendeu a uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou incitação por parte de Bolsonaro. O ex-presidente terá de explicar se tem ligação com a invasão das sedes dos Três Poderes. No despacho, Moraes destaca que o depoimento não tinha sido autorizado ainda pelo fato de Bolsonaro ter saído do país. Dias antes do ataque, o ex-chefe do Planalto compartilhou um vídeo, sem provas, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi eleito, mas, sim, "escolhido por ministros do STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]". A postagem foi apagada pouco tempo depois.

Esta é a segunda vez que o ex-presidente é ouvido pelos investigadores desde que retornou ao Brasil. O primeiro depoimento foi dado no dia dia 5 de abril, no âmbito da apuração sobre as joias.  Bolsonaro é suspeito de se apropriar de pelo menos três lotes de joias doadas pelo governo da Arábia Saudita. Os objetos foram devolvidos por ele após sair da Presidência por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). O ex-presidente também é investigado em outros inquéritos sobre disseminação de fake news e milícias digitais.

O Supremo concluiu no último dia 24 a análise das primeiras denúncias contra os envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro. A Corte tornou réus as 100 pessoas acusadas de serem executores e autores intelectuais dos ataques. Os envolvidos respondem por diversos crimes, como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, como emprego de violência e uso de material inflamável e deterioração do patrimônio tombado.


Com informações do Correio Braziliense -  Ingrid Soares, Renato Souza

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