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Polícia prende mulher que transportava tijolos de “k9” em Araçatuba

A mulher estava em um ônibus oriundo do Mato Grosso do Sul; os tijolos de "k9" foram encontrados dentro de sua mochila


Polícia Militar de São Paulo
A Polícia Militar prendeu neste domingo (23/4) uma mulher que transportava três tijolos de “k9” em Araçatuba, no interior de São Paulo. Ela estava em um ônibus oriundo do Mato Grosso do Sul.

Agentes do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária abordaram o motorista do veículo para fiscalização, em um desdobramento das operações “Impacto” e “Tiradentes”.

De acordo com o relato dos policiais, a mulher ficou “extremamente nervosa” com a presença da equipe da PM. Os agentes então pediram que ela abrisse sua mochila e encontraram a droga.

A mulher foi detida e levada para a Central de Flagrantes de Araçatuba.

“Maconha sintética”

A k9 é também conhecida como “k4”, “maconha sintética” ou “spice”. Apesar de ser chamada de maconha, a substância não tem nenhuma similaridade molecular com a droga natural. A única semelhança com a erva é a capacidade de o canabinoide sintético se conectar com os mesmos receptores cerebrais.

De acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, usuários da droga podem apresentar quadros de ansiedade, agitação, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, convulsões, alucinações, pânico, incapacidade de comunicação, paranoia, agitação e agressividade.

Até o fim do ano passado, o Núcleo de Exame de Entorpecentes da Polícia Técnico-Científica de São Paulo havia identificado ao menos quatro moléculas, desenvolvidas em laboratório, e vendidas como maconha sintética em São Paulo.

Droga vetada pelo PCC

Cem vezes mais potente que a maconha natural, a spice teve a venda proibida na Cracolândia, no centro da capital paulista, pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), por causa do prejuízo causado ao tráfico pelos efeitos que a substância provoca nos usuários.

O Metrópoles apurou que, em outros pontos de venda controlados pelo PCC na cidade, a comercialização da spice é permitida, mas o consumo no local está vetado, tamanho o comprometimento da integridade física e mental causado pela droga.

As restrições impostas pela facção criminosa ao consumo da maconha sintética se devem ao receio dos efeitos nocivos aos usuários atrair a atenção de serviços de socorro médico e da polícia, o que atrapalharia o tráfico de entorpecentes no local. A droga debilita os usuários física e psicologicamente, causando, em alguns deles, o chamado “efeito zumbi”.


Com informações do Metrópoles - Renan Porto, Alfredo Henrique

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