MP de São Paulo apura se houve outro indício de negligência ou imprudência do motorista que matou jovem e debochou: "Menos um fazendo L"
Reprodução/Redes sociais |
O Ministério Público Estadual (MP) pediu à Polícia Civil mais detalhes a respeito do atropelamento e morte de Matheus Campos da Silva pelo motorista de aplicativo Christopher Rodrigues, em 25 de abril, na região central de São Paulo.
Depois de atropelar Matheus, de 21 anos, Christopher postou vídeos ofendendo o rapaz e dizendo, entre outras coisas, que era “menos um fazendo L”, em alusão a eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Matheus morreu logo em seguida.
O MPSP pediu à perícia que, se possível, com base nos danos provocados no veículo, determine se a velocidade em que estava o carro do indiciado era compatível com o limite do viaduto Júlio de Mesquita Filho, onde aconteceu o atropelamento.
O Ministério Público também deseja saber se houve algum outro indício de negligência ou imprudência do motorista, bem como solicitou a oitiva de mais policiais que foram até o local após o atropelamento.
A vítima do atropelamento foi reconhecida por testemunhas como o autor de um furto de celular ocorrido momentos antes.
No indiciamento, o delegado afirmou que, após a colisão, o motorista se mostrou apreensivo com a situação, não parecendo, segundo as testemunhas presenciais, que teve a intenção de atropelar. Também não ficou caracterizado que ele sabia de um possível furto segundos antes; daí o indiciamento pelo homicídio culposo (sem intenção), não o doloso (intencional).
Alcântara indiciou Christopher por omissão de socorro por entender que ele não socorreu a vítima do atropelamento, sendo a ajuda acionada por outras pessoas. Segundo o delegado, depois de tomar ciência de que Matheus possivelmente teria furtado um celular, “debochou, omitiu socorro, fotografou e fez filmagens abjetas dos fatos (atitudes que em nada contribuíram para o resgate do ofendido)”.
Christopher também foi indiciado por incitação ao crime por ter instigado, publicamente, pessoas indeterminadas a “tirar” a vida de agentes que cometem crimes contra o patrimônio.
Com informações do Metrópoles - William Cardoso
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