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Hospital público do DF oferece serviço de ponta para reconstituir sorrisos

Profissionais de saúde e pacientes têm muito a comemorar os quatro anos do serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Santa Maria. O tratamento ajuda a resgatar a autoestima das pessoas


Igor Teixeira/Esp. CB/D.A. Press
Para celebrar os quatro anos do serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), profissionais de saúde, colaboradores e pacientes participaram de um encontro no auditório da unidade, ontem. Desde sua criação, a unidade atendeu 22 pacientes com diversas demandas relacionadas à saúde bucal, como bruxismo e problemas na formação da arcada.

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O tratamento de deformidades na face é fundamental para ajudar na recuperação da autoestima e garantir qualidade de vida aos pacientes. Susy Mara Gomes, 39, tinha bastante dor de cabeça, acordava de madrugada rangendo os dentes e não conseguia respirar direito. Há oito anos, ela foi encaminhada do Hospital de Base ao HRSM para fazer acompanhamento odontológico e cirúrgico.

Segundo ela, há hospitais particulares do Distrito Federal que oferecem esse serviço, mas não de forma completa. "A pessoa tem que procurar fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta, que são tratamentos muito caros que uma pessoa de baixa renda não tem condições de pagar", avalia.

Chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn explica que o serviço é amplo porque atende os pacientes de forma prolongada, com cerca de quatro anos de tratamento. Segundo ela, uma parte da população não sabe que há esse tratamento na rede pública. "Têm pessoas que não conseguem falar corretamente e são avaliados os aspectos ligados às áreas da psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e também da odontologia", detalha Erika.

Erika destaca que, após o suporte inicial, a cirurgia do paciente é marcada conforme a disponibilidade de tempo da pessoa no trabalho ou no estudo. "O nosso objetivo é que o paciente tenha as necessidades respeitadas e que possamos dar uma qualidade de vida melhor. Quando temos esse feedback, é um sinal de que estamos no caminho certo", assegura.

Um dos resultados é da servidora pública Thaís Santos de Oliveira, 30, paciente que buscou realizar a cirurgia bucomaxilofacial no Hospital de Base, em 2017, quando ficou em uma fila com mais de 500 pessoas. Dois anos depois, ela foi levada ao HRSM para colocar aparelho fixo porque tinha problemas na mastigação, sono, mordida cruzada com mastigação ruim e o queixo retraído. "Passei dois anos até a cirurgia, em novembro de 2021, e estou feliz com o resultado porque tenho qualidade de vida, sono e até a fala melhorou", alegra-se.

A fonoaudióloga Tuany Aquino explica que o paciente passa por uma avaliação, com registro de fotos do antes e o depois da cirurgia. "Falamos todos os procedimentos que vão ocorrer. No pós-operatório, colocamos uma bandagem na face do paciente para diminuir o inchaço. Após uma semana, começamos com exercícios de mobilidade", detalha Tuany.

O acompanhamento é importante porque há uma deformidade estética, mas também a parte funcional, pois há pacientes que não mastigam direito e respiram inadequadamente. É o que afirma o cirurgião bucomaxilofacial e tutor da residência do Hospital Regional de Santa Maria, Marconi Gonzaga Tavares, 43. "A gente quer que o paciente mastigue e tenha as funções restabelecidas da melhor maneira possível", diz o médico.

Marconi enfatiza que a deformidade facial independe de classe social financeira. No DF, somente o Hospital de Base e o de Santa Maria realizam o tratamento. O hospital conta com verba de emenda parlamentar de R$ 300 mil do deputado distrital Jorge Vianna (PSD-DF) destinada a equipamentos para odontologia, e do deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF), que custeou a compra de um tomógrafo odontológico, que será inaugurado em 5 de julho. "É um serviço à população inteiramente gratuito, que é um grande orgulho, pois a saúde não se faz apenas com medicina, mas com outras áreas, como a odontologia, nutrição e psicologia", cita Vianna.

Segundo o deputado, o serviço é de referência no setor, pois vai além dos trabalhos de intervenção básica e oferece reestruturação óssea, não apenas estética, mas que possa dar qualidade de vida aos pacientes.


Com informações do Correio Braziliense - Pedro Marra

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