Preço médio de venda de gasolina A nas distribuidoras passará a ser de R$ 2,66 por litro a partir desta sexta-feira (16/6)
Vinícius Schmidt/Metrópoles |
A partir desta sexta (16/6), a Petrobras vai reduzir em R$ 0,13 o preço médio do litro da gasolina para as distribuidoras. Ao consumidor do Distrito Federal a queda pode chegar até R$ 0,09 nas bombas dos postos.
Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), comentou que a redução para as distribuidoras não chegará totalmente aos postos. Isso ocorre porque a gasolina tipo C, que é a vendida nas bombas, tem 73% da gasolina A e 27% de etanol anidro.
De acordo com Tavares, “a partir de amanhã (16/6), as distribuidoras, se quiserem, já podem repassar esse valor” para os postos. Entretanto, é possível que as distribuidoras decidam não vender a gasolina com a diminuição do preço para os donos de postos, visando, por exemplo, aumentar os seus lucros.
A própria Petrobras reforçou que o preço final é afetado também por fatores como impostos e margens de lucro da distribuição e da revenda. A companhia ainda destaca que, na formação de seus preços, busca “evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
O presidente dos Sindicombustíveis-DF indica que já existe uma variação muito grande nos preços da gasolina vendida no DF. Por isso, não é possível precisar exatamente como ficarão os valores, pois isso será uma decisão dos próprios donos de postos.
Preços nesta quinta-feira (15/6)
O Metrópoles conferiu como está o preço da gasolina comum, na tarde desta quinta-feira (15/6), em diversos pontos do DF:
Posto Petrolino (Taguatinga)
Gasolina no débito: R$ 4,99
Posto Nenens (Taguatinga Centro)
Gasolina no crédito: R$ 5,15
Gasolina no débito: R$ 5,05
Posto RPM (Samambaia)
Gasolina no crédito: R$ 5,49
Gasolina no débito: R$ 5,29
Posto Céu 070
Gasolina no crédito: R$ 5,48
Gasolina no débito: R$ 5,48
Posto da Torre (Asa Sul)
Gasolina no crédito: R$ 5,64
Gasolina no débito: R$ 5,46
Brasal Combustíveis (SIA)
Gasolina no crédito: R$ 5,89
Gasolina no débito: R$ 5,27
Posto BR (EPTG)
Gasolina no crédito: R$ 5,27
Gasolina no débito: R$ 5,27
Posto Shell (302 Sul)
Gasolina no crédito: R$ 5,48
Gasolina no débito: R$ 5,48
Fiscalização
Nesta sexta-feira (16/6), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) irá realizar ação de fiscalização em postos de combustíveis de Brasília. O objetivo é verificar se os postos estão cumprindo a Portaria nº 227/2022 do Inmetro, referente à quantidade de combustível líquido entregue ao consumidor, bem como os aspectos de segurança das bombas medidoras.
Estimativa nacional da Petrobras
O preço médio ao consumidor final poderá atingir o valor de R$ 5,33 por litro, segundo estimativa geral da própria Petrobras. Não foram anunciadas outras alterações de preços para o diesel nem para o gás de cozinha. A última redução da gasolina ocorreu no dia 16 de maio, logo após a empresa anunciar sua nova política de preços.
“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, diz a companhia em comunicado nesta quinta.
Fim do PPI
Esta é a segunda queda após a mudança na política de preços, anunciada pela empresa no fim de maio. Na ocasião, a Petrobras pôs fim ao atual modelo do Preço de Paridade de Importação (PPI), que vinculava as tarifas à flutuação do valor praticado no mercado internacional e que estava em vigor desde 2016.
De acordo com a empresa, a nova estratégia comercial “usa referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, o valor a ser priorizado na precificação e o valor marginal para a Petrobras”.
A empresa já havia avisado que os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando que a volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio interfira nos preços internos.
Com informações do Metrópoles - Jonatas Martins
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