Justiça Federal de São Paulo absolveu o atual deputado em suspeita de corrupção passiva denunciada por Joesley Batista
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A 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de forma unânime, absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB) de ter recebido R$ 2 milhões em propina da J&F.
Aécio foi denunciado quando era senador, em 2017, pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, quantia que seria utilizada para arcar com custos advocatícios na Lava Jato.
Também foram beneficiados o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima e familiares de Aécio: a irmã Andrea Neves e o primo Frederico Pacheco de Medeiros.
“Se a solicitação ou recebimento não se deu devido à função do solicitante/recebedor, não há crime de corrupção, embora possa haver outro tipo de ilicitude”, avaliou o desembargador José Lunardelli, relator do caso, na decisão.
“Alguém que desfruta de diversas espécies de capital em alto grau de acumulação terá relações cuja razão central seja apenas um deles, e outras que englobam mais fatores. Em um exemplo: um grande empresário que também seja presidente de uma associação de produtores de seu setor econômico, e ainda, seja um político e uma liderança partidária, poderá atrair interesse devido a um ou mais desses fatores, e isso pode se dar lícita ou ilicitamente”, acrescentou.
O relator também citou “deficiência documental” por parte do acordo firmado pelo MPF com Joesley.
A ação começou a ser julgada em 2018 pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, assim que Aécio deixou o cargo de senador, o caso desceu para a Justiça Federal de São Paulo.
O TRF analisava um recurso do Ministério Público Federal contra uma decisão da Justiça que absolveu o deputado em março de 2022.
Com informações do Metrópoles - Júlia Portela
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