Os jurados aceitaram todas as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
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A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama obteve a condenação de João Alves Catarina Neto, 45 anos, pelo feminicídio de Simone Sampaio de Melo, 50 (foto em destaque). A pena foi fixada em 22 anos de reclusão em regime fechado.
O réu e a vítima foram casados por cerca de 22 anos e tiveram três filhos. O crime ocorreu no dia 13 de fevereiro deste ano, no Gama, e o julgamento foi realizado nesta terça-feira (29/8).
Os jurados aceitaram todas as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): motivo torpe (sentimento egoístico de posse); emprego de recurso que dificultou a defesa (ataque súbito com uma faca que trazia escondida); emprego de meio cruel (por infligir sofrimento desnecessário à vítima, que foi sucessivamente golpeada, demonstrando brutalidade fora do comum); e crime praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino em contexto de violência doméstica e familiar.
Como foi o crime
João Alves e Simone tinham um relacionamento conturbado, com discussões e frequentes atos de violência psicológica do réu contra a vítima. Eles viviam no Espírito Santo e, em novembro de 2022, Simone decidiu separar-se do réu. Em dezembro do mesmo ano, Simone mudou-se para o Gama, levando as filhas menores.
O réu não aceitou o término do relacionamento e insistia em uma reconciliação. Não conseguindo convencê-la, foi ao Distrito Federal a pretexto de comprar o material escolar das filhas.
No dia 13 de fevereiro deste ano, por volta das 8h, em via pública, João desferiu diversas facadas contra Simone. João e Simone tinham acabado de levar uma das filhas para a escola quando o réu sacou uma faca que trazia escondida em uma sacola de pão.
Com informações do Metrópoles - Mirelle Pinheiro, Carlos Carone
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