O crime fez com que a família da menina se mudasse de casa e a mãe precisou sair do emprego para ajudar na recuperação da sua filha
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Pouco mais de um mês após uma menina, de 12 anos, ter sido sequestrada e abusada sexualmente, os parentes buscam justiça e tentam se reerguer do trauma vivido. O crime fez com que a família se mudasse de casa e a mãe, inclusive, precisou sair do emprego para auxiliar na recuperação psicológica da filha.
De acordo com a mulher, o acontecimento abalou a confiança da garota em outras pessoas: “Quando chega a pessoa, ela fica mais afastada, com exceção de nós, que somos da família. Eu levo ela para um lugar para comprar uma coisa, ela fica com medo, não tem mais aquela animação que tinha. Por isso que a gente tem que ter o acompanhamento, porque se a gente não tiver, é pior ainda”.
- Atenção. Esta matéria traz informações sobre violência física e sexual sofrida por menores de idade. O conteúdo pode ser sensível para algumas pessoas e gerar gatilhos psicológicos.
Durante 11 horas, a menina de 12 anos vivenciou momentos de terror sob o poder do criminoso confesso Daniel Moraes Bittar, 42 anos. No período, a garota foi sequestrada, dopada, agredida e estuprada no apartamento do empregado público, na Asa Norte. Ele foi preso no mesmo dia do crime, 28 de junho.
“Minha menina está bem melhor, graças a Deus. Tem dia que nós estamos melhores, tem dia que estamos mais assim. Mas a gente tá fazendo acompanhamento psicológico porque não é fácil. Querendo ou não, você lembra. […] A gente tem que seguir em frente por ela”, afirma a mulher.
Com a volta às aulas, a família busca se organizar para garantir a segurança e o bem-estar da garota. No caminho da casa até o colégio, em que ela fazia sozinha, agora precisa ser acompanhada por um parente.
O desejo da mãe é que a filha possa se recuperar da melhor forma possível e que a justiça seja feita: “O importante é que, aos poucos, a gente vai passando por cima disso. Sempre vai ser complicado, mas a gente quer tocar a nossa vida de volta, com fé”.
Relembre o caso
Sobrinha de um policial militar de Goiás, a garota foi resgatada algemada, ao pé de uma cama, dentro do apartamento do pedófilo. Segundo a Polícia Militar do estado goiano (PMGO), a menina estava bastante machucada, com sinais de violência sexual, e precisou ser levada a um hospital para receber atendimento.
Em vídeo durante abordagem policial, Daniel Moraes Bittar disse que apenas “conversava” com a vítima. Ele confirma que a garota estava em seu apartamento e afirma, no momento do vídeo, que “ainda não fez nada com ela”. Questionado pelos policiais, o suspeito chega a pedir calma.
Em vídeo durante abordagem policial, Daniel Moraes Bittar disse que apenas “conversava” com a vítima. Ele confirma que a garota estava em seu apartamento e afirma, no momento do vídeo, que “ainda não fez nada com ela”. Questionado pelos policiais, o suspeito chega a pedir calma.
Com informações do Metrópoles - Jonatas Martins
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