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PGR denuncia e pede prisão do atual comandante da PMDF e de mais 6 oficiais da cúpula por 8/1

Comandante da PMDF, ex-comandante e outros cinco ex-integrantes da cúpula da corporação foram denunciados por suposta omissão em 8/1


Vinícius Schmidt/Metrópoles
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou e pediu prisão preventiva ao Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quinta-feira (16/8), do comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Klepter Rosa Gonçalves, do ex-comandante da corporação coronel Fábio Augusto Vieira e de mais cinco oficiais que integravam a cúpula da PMDF durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos acusa os oficiais de omissão. No entendimento da PGR, os sete policiais que integravam a cúpula da PMDF poderiam ter agido para evitar a invasão às sedes dos Três Poderes.

O relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, vai decidir se aceita ou não a denúncia. Caso Moraes receba a denúncia da PGR, os policiais se tornarão réus por suposta omissão e poderão responder pelos crimes de abolição violenta do estado de democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres impostos a eles pela lei.

Os denunciados são:

  • Coronel Fábio Augusto Vieira: era comandante-geral da PMDF no dia 8 de janeiro;
  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves: era subcomandante da PMDF no dia 8 de janeiro e foi nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de fevereiro;
  • Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: era comandante do Departamento de Operações em 8 de janeiro, mas tirou licença do cargo em 3 de janeiro;
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra: estava no comando do Departamento de Operações no lugar de Naime em 8 de janeiro;
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: era chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro;
  • Major Flávio Silvestre de Alencar: atuou no dia 8 de janeiro;
  • Tenente Rafael Pereira Martins: atuou no dia 8 de janeiro.

A coluna acionou a defesa dos citados nesta reportagem. Por meio de advogados, o coronel Fábio Augusto disse que “recebe com estranheza o fato noticiado, em especial o pedido de prisão preventiva, que não encontra suporte nos fatos e não há justificativa jurídica idônea possível. Considerando os fatos e provas disponíveis, não há outra decisão racionalmente motivada diferente da rejeição da denúncia. O Cel. Fabio Vieira e sua defesa técnica reiteram a confiança na Justiça e no inarredável compromisso de fortalecimento da Democracia”.

O coronel Jorge Eduardo Naime também se posicionou, por meio de nota. No documento, divulgado pelo de advogados do militar, ele cita que “a defesa discorda do posicionamento do órgão acusador e provará em sua resposta à acusação a inexistência de qualquer conduta omissiva ou ato de conivência praticado no dia 08 de janeiro de 2023. Pelo contrário, apesar de estar no gozo de uma dispensa-recompensa, o coronel foi convocado para se dirigir à Praça dos Três Poderes, quando o tumulto já estava em estágio bastante avançado, ocasião na qual atuou nos estritos termos legais, objetivando não só proteger e zelar o patrimônio público, como também efetuou diversas prisões de vândalos”, disse a defesa.

Os demais militares mencionados nesta reportagem, e alvos da denúncia da PGR, também foram acionados, mas ainda não haviam se posicionado até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.


Com informações do Metrópoles - Isadora Teixeira

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