Criminosos obtinham fotos íntimas das vítimas em aplicativo voltado ao público LGBTQIAPN+ e exigiam pagamentos para não divulgar imagens
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou na manhã desta quinta-feira (31/8) a Operação Madrigueira II, com o objetivo de combater uma quadrilha especializada em extorsão, via internet, contra autoridades no Distrito Federal.
A investigação, que teve início em março deste ano, constatou que o grupo criminoso, sediado em Goiânia, entrava em contato com as vítimas por meio do aplicativo de relacionamento Grindr, voltado ao público LGBTQIAPN+, e pedia fotos íntimas.
Após obter as imagens, os bandidos passavam a exigir pagamento de quantias que giravam em torno de R$ 20 mil, via Pix, para que não expusessem os nudes.
Conforme informado pela PCDF, mesmo após as vítimas pagarem as quantias exigidas, os criminosos divulgavam as imagens. “Pagar a extorsão, nesses casos, não é garantia de nada”, disse um dos investigadores.
A coluna apurou que a maioria das vítimas identificadas é composta por funcionários públicos do alto escalão dos poderes Judiciário e Executivo, casados e com filhos.
Em cumprimento a uma ordem judicial, a equipe da PCDF, que também contou com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC) da Polícia Civil de Goiás, apreendeu quatro celulares, cinco HDs, pendrive, máquina de cartão e diversos sim cards que foram usados para o cometimento do crime.
No total, dois homens, de 23 e 26 anos, e uma mulher, de 23, foram conduzidos à DERCC, ocasião em que confessaram a participação na empreitada. Os suspeitos responderão pelos crimes de extorsão qualificada, por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Com informações do Metrópoles - Jéssica Ribeiro, Carlos Carone, Mirelle Pinheiro
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