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TJGO manda prender pela 2ª vez empresário acusado de grilagem

D’artagnan Costamilan, 72 anos, havia sido solto no sábado (26/8). Porém, TJGO aceitou novo pedido do MPGO para prendê-lo preventivamente


Reprodução
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) expediu um novo mandado de prisão preventiva contra o empresário D’artagnan Costamilan, 72 anos, acusado de grilagem de terras no Entorno do Distrito Federal. Ele foi detido no fim da tarde de quarta-feira (30/8).

D’Artagnan era considerado foragido desde 10 de julho e foi preso preventivamente em 16 de agosto, no município de Santa Catarina (RS). Porém, no último sábado (26/8), o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga mandou soltar o empresário.

A decisão do desembargador foi expedida após o juiz Eduardo de Agostinho Ricco rejeitar a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra Costamilan e mais 13 pessoas.

No entanto, o MPGO enviou um novo requerimento de prisão preventiva contra o empresário, que foi aceito pelo juiz Fernando Oliveira Samuel na quarta.

“Como visto, os fundamentos para a sua segregação cautelar anterior estão inalterados desde a decretação anterior da prisão, isto é, permanecem verificados elementos de materialidade delitiva e indícios de autoria dos crimes em tese praticados por D’Artagnan Costamilan, em especial associação criminosa, falsidade documental ideológica e corrupção”, justificou o juiz.

O mandando de prisão preventiva foi cumprido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), e o empresário deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (31/8).

A reportagem não localizou a defesa do empresário. O espaço segue aberto.

Investigações

Durante as investigações, que ocorreram ao longo de seis meses, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, bem como de prisão contra o empresário, apontado como pivô do suposto esquema.

O MPGO analisou escrituras, interceptações telefônicas e uma vasta quantidade de provas para pedir à Justiça mandados de busca e apreensão e a decretação de prisão preventiva de D’Artagnan. O caso chegou ao conhecimento do MP quando o verdadeiro dono de dois lotes de Formosa percebeu uma fraude na documentação de venda das terras.

D’Artagnan Costamilan é apontado como a figura de destaque de todo o suposto esquema. Segundo a investigação do Ministério Público, ele usava do alto poder financeiro para atos de corrupção envolvendo agentes públicos. Um dos exemplos disso foi quando o empresário fez com que três vereadores atuassem “em benefício exclusivo dele em detrimento do interesse público do povo de Formosa”, para conseguir se apropriar de uma área pública.

Porém, o juiz do TJGO entendeu que houve falha processual na acusação apresentada pelo MPGO, por isso, rejeitou a denúncia e mandou soltar o empresário.

No entanto, o Ministério Público enviou um novo requerimento que foi aceito pela Justiça do Goiás. “A rejeição da peça acusatória embasou-se, somente, na existência de vícios processuais por desrespeito ao art. 41 do Código de Processo Penal, que foram sanados com oferecimento da nova denúncia, no presente feito”, alegou o juiz.


Com informações do Metrópoles - Thalita Vasconcelos

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