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Veja vídeo em que mulher de policial civil agride babá e atira em advogado

O policial civil Raimundo Nonato e sua esposa, Jussana Oliveira, foram presos suspeitos pelo crime, que aconteceu em um condomínio


Reprodução
Uma briga em um condomínio no bairro de Ponta Negra, em Manaus, na última sexta-feira (18/8), terminou em agressões e uma vítima baleada. O policial civil Raimundo Nonato Machado e a esposa, Jussana Oliveira Machado, suspeitos da ação, foram presos. Câmeras de segurança registraram o momento.

Veja:


Policial civil também é suspeito de agressão

As vítimas são a babá Claudia Gonzaga de Lima e seu patrão, o advogado Ygor Colares, também morador do local. Nas imagens é possível ver Raimundo dando ordens para que Jussana espanque a mulher. As cenas mostram o momento no qual a acusada, que recebeu a arma do próprio policial, atinge o advogado com um disparo.

Cláudia é agredida com socos por Jussana. No chão, ela consegue se levantar e pede ajuda. Pouco depois, Ygor chega e é agredido pelo policial civil.

Raimundo saca uma arma e a entrega para a sua mulher, que passa a apontá-la para pessoas que se aproximam. Ela usa o equipamento para agredir a babá. Posteriormente, quando o advogado cai no chão, ela dispara um tiro em direção à sua perna. A discussão permaneceu até a chegada da polícia ao local.

Em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da Globo, Ygor comentou que “eles [Jussana e Raimundo] nos procuraram para falar que supostamente a babá do meu filho estava fazendo fofoca sobre eles. Busquei conversar com ela, que prontamente negou a situação. Então, eles ficaram indignados porque não foi tomada nenhuma providência em relação a isso”.

“Minha intenção era retirar ela daquela situação. Ao chegar lá, esse policial me avistou e partiu para cima de mim, para me agredir. Ele tentou um soco, mas errou. Aí, puxou a arma da cintura e entregou para a esposa dele. E ainda falou: ‘Segura a minha arma e aponta para ele’”, continuou.

O que diz a Polícia Civil do Amazonas

Em nota enviada ao Metrópoles, a Polícia Civil do Amazonas diz que todas as medidas cabíveis quanto ao servidor foram tomadas pela instituição. “No decorrer do procedimento, as testemunhas do fato serão ouvidas e as imagens da câmera de segurança, bem como o laudo pericial e demais materialidades, serão analisadas.”

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (21/08), as autoridades policiais prestaram solidariedade às vítimas. Bruno Fraga, delegado-geral adjunto, ressaltou que a instituição não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e garantiu que além da parte criminal, todas as transgressões administrativas também serão apuradas.

“Ressalto que não houve omissão por parte do plantão do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) no momento da apresentação dos envolvidos. As materialidades apresentadas fez com o que o delegado plantonista decidisse por imputar o crime de lesão corporal ao investigador e flagrantear a esposa dele por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça”, disse Bruno Fraga.

O que diz a OAB-AM

Nas redes sociais, a seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Amazonas) publicou notas de solidariedade e repúdio a violência sofrida pela babá, Cláudia Gonzaga, e ao advogado, Ygor de Menezes Colares.

Toda ameaça à vida deve ser combatida com a higidez que se exige no caso concreto pelas autoridades competentes e a OAB/AM vai estar vigilante”, diz uma das publicações.

“A audiência [do último sábado (19/8)] foi encerrada com a Justiça mantendo a prisão em flagrante sendo convertida em prisão preventiva de Jussana de Oliveira Machado e também com a determinação da prisão do policial civil Raimundo Nonato Monteiro Machado”, comunica a entidade em outra publicação.


Com informações do Metrópoles - Giovanna Estrela

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