Empresário foi morto em 2021 pelo grupo Confraria da Morte, que depois promoveu queima de arquivo para se livrar de provas
Vinícius Schmidt/Metrópoles |
Presos na Operação Tesarac, os policiais militares integrantes do grupo conhecido como Confraria da morte é suspeito de planejar vários assassinatos durante operações policiais nas cidades de Anápolis e Terezópolis. De acordo com o Ministério Público de Goiás, como queima de arquivo, eles teriam matado sete pessoas para se livrarem de provas relacionadas a morte de um empresário.
O documento foi obtido pelo portal G1. Segundo o MPGO, o empresário se trata de Fábio Alves Escobar Cavalcante, em 2021, morto em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana. A motivação para o assassinato dele não foi informada.
Conforme o documento do MP, para encobrir o crime, foram mortos: Bruna Vitória Rabelo Tavares, Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana, Mikael Garcia de Faria, Bruno Chendes, Edivaldo Alves da Luz Junior e Daniel Douglas de Oliveira Alves.
Os policiais militares foram presos nessa terça-feira (19/9). Segundo a denúncia, uma testemunha chegou a dizer que o policial Glauko Olivio de Oliveira “plantou” uma arma de fogo, utilizada para matar Bruna Vitória Rabelo Tavares, com a finalidade de atribuir a autoria do homicídio dela aos outros amigos mortos na ocasião – Gabriel Santos Vital, Gustavo Lage Santana e Mikael Garcia de Faria.
Informações sobre a queima de arquivo
O grupo de policiais é suspeito também de coletar informações prévias sobre as vítimas, como fotografia da placa de carro e localização em tempo real. Eles faziam o monitoramento e tinham até equipamento de rastreamento eletrônico, que foi colocado no carro de uma das vítimas.
Segundo as conversas de Marco Aurélio Silva Santos, Thiago Marcelino Machado e Adriano Azevedo Souza, os policiais militares envolvidos executaram um dos confrontos no período noturno, horário em que a rua ficaria com menos movimento de pessoas e carros.
A denúncia apontou ainda que os policiais tinham movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos da Polícia Militar. Consta que Marcos Jesus Rodrigues movimentou cerca de R$ 6 milhões de reais durante o período de 4 anos, enquanto que Almir Tomas de Aquino Moura movimentou R$ 5,8 milhões de reais.
Veja quem são os PMs presos:
- Glauko Olivio de Oliveira
- Marcos Jesus Rodrigues
- Almir Tomás de Aquino Moura
- Erick Pereira da Silva
- Thiago Marcelino Machado
- Adriano Azevedo Souza
- Wembleyson Azevedo Lopes
- Jhonatan Ribeiro de Araújo
- Marco Aurélio Silva Santos
- Rodrigo Moraes Leal
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública, junto com outras as Forças de Segurança afirmou que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta”. A Corregedoria da PM-GO informou que abriu os os procedimentos legais cabíveis e o Em nota, o MP afirmou que acompanha a investigação e que aguarda a conclusão da apuração para as providências cabíveis à instituição.
Com informações do Metrópoles - Laura Braga
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