Quando PMs chegaram ao local, a mulher já havia sofrido ataques brutais. Ela foi ameaçada de ter corpo esquartejado e ser jogada em uma vala
Gritos de dor e de desespero salvaram uma jovem, de 23 anos, que era mantida em cárcere privado desde 16 de agosto, em uma casa no bairro Alto do Açude, em Paracatu, Minas Gerais. A vítima, que havia desaparecido no Gama, berrava quando era submetida a sessões contínuas de tortura, cometidas por um homem que ela se relacionava havia pouco tempo.
Os relatos são de momentos de terror. Quando policiais militares mineiros chegaram ao local, a mulher já havia sofrido ataques brutais, como ser espancada com um cabo de vassoura e ter braços, pernas e as costas queimadas com a lâmina de uma faca em brasa.
A jovem também teve a cabeça raspada e apresentava uma fratura na mão direita. O criminoso, de 27 anos, tentou fugir pelos fundos da casa quando percebeu a presença da Polícia Militar. No entanto, foi preso em flagrante. Em um primeiro momento, a jovem, muito assustada, tentou dispensar os policiais dizendo que tudo “estava bem”. Mas o choro dela denunciou as agressões.
Ameaça de esquartejamento
A vítima abriu a porta para os policiais, que correram e conseguiram prender o suspeito antes que ele pulasse o muro. A jovem contou à PM que viajou do Gama para Paracatu para se encontrar com o rapaz, com quem tinha iniciado um relacionamento. Ela revelou que ele a enforcava e a ameaçava de morte, dizendo que iria esquarteja-la e jogar o corpo em uma vala, nos fundos da casa.
Além das agressões físicas, a vítima também ficou sem comida e trancada no imóvel durante dois dias. Ela foi socorrida e levada ao pronto socorro municipal. O homem foi conduzido para a delegacia, junto com cinco munições apreendidas no imóvel.
A Polícia Civil de Paracatu abriu inquérito para investigar as circunstâncias do crime e o que motivou a tortura contra a jovem.
Com informações do Metrópoles - Carlos Carone, Mirelle Pinheiro
Nenhum comentário