Autópsia identificou que a servidora pública do DF engoliu água e areia. Segundo laudo, corpo de Renata foi levado até a costa pelas ondas
L’Unione Sarde/Reprodução |
A servidora pública Renata Moraes Rios (foto em destaque), encontrada morta na Itália, teria se afogado após engolir água e areia. É o que aponta a autópsia realizada pelo médico legista Roberto Demontis.
Segundo a autópsia, após Renata se afogar, as ondas e a correnteza levaram o corpo dela até a costa, onde ela foi encontrada na madrugada de domingo (24/9). O jornal italiano L’Unione Sarda divulgou detalhes do caso.
De acordo com o veículo, a Unidade de Investigação do Departamento de Operações reconstruiu os últimos passos de Renata. Ela teria participado de uma festa no quiosque do parque de campismo em que estava hospedada após marcar presença no 9º Congresso Internacional de Ecopsicologia.
Durante a madrugada, por volta das 2 horas, a moradora da Asa Norte teria saído para passear na praia e não foi mais vista. Segundo as investigações, a hipótese é que ela tenha sido arrastada pelas ondas e ficado “à mercê de um mar traiçoeiro”, destaca o jornal.
Na Itália, Renata ministrou a oficina Massagem dos Quatro Elementos em dois dias do congresso internacional, em 21 e 23 de setembro.
Pela ementa do workshop, Renata teria unido as pessoas em grupos de cinco participantes, que aplicariam e receberiam massagens entre si. Na sessão, de 1h20, Renata ainda auxiliava o uso de músicas para amplificar a experiência imersiva nos quatro elementos: água, terra, fogo e ar.
Renata viajou no feriado de 7 de setembro e aproveitou a data do congresso para também passear pela Europa. Segundo amigos, ela passou por Frankfurt, na Alemanha, Roma, Milão e ilha da Sardenha, na Itália. A servidora deveria retornar para o Brasil na terça-feira (26/9).
Formada em artes cênicas pela Universidade de Brasília desde 2014, Renata não trabalhava na área. Em 2009, ela ingressou como técnico administrativo na Justiça Federal.
Itamaraty
O Consulado-Geral do Brasil em Roma tem prestado assistência consular aos familiares da servidora pública. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) também declarou que “mantém interlocução sobre o caso com as autoridades locais”.
O Itamaraty explicou que, em caso envolvendo morte de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros “podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”.
“Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, declarou a pasta.
Com informações do Metrópoles -Jade Abreu
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