A operação da PCDF resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão na cidade de Santa Maria
PCDF/Divulgação |
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (21/9), a Operação Degola para desarticular grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselheiro Tutelar do Distrito Federal.
De acordo com as investigações, os ciberinfratores invadiram o site da empresa que promovia o concurso público com o objetivo de atacar especificamente a segunda fase do certame.
Segundo a investigação, após os hackers invadirem as contas de determinados concorrentes – em sua maioria, candidatos à reeleição –, passaram a inserir documentos errados nos campos especificados, no intuito de ocasionar a eliminação precoce deles.
Assim, as vítimas não participariam da terceira fase, que consistia na eleição por meio de voto direto, secreto e facultativo, de responsabilidade do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA).
O concurso para a eleição de conselheiros tutelares está marcado para 1º de outubro de 2023, das 9h às 17h. Os eleitores manifestarão seus votos de forma secreta nos locais de votação definidos pela comissão organizadora do pleito.
A operação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão na cidade de Santa Maria, e todo o material cibernético será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística (IC).
A operação contou com a participação de 20 policiais do Departamento de Polícia Especializada e um perito criminal da Seção de Informática do Instituto de Criminalística (SPI/IC).
Todo o processo de investigação foi realizado em conjunto com a Promotoria de Crimes Cibernéticos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Pelos crimes de falsa identidade, invasão de dispositivo informático majorado e associação criminosa, os cibercriminosos poderão receber pena de até 10 anos de prisão.
Operação Degola
O termo “Degola” é usado no sentido figurado para retratar a prática fraudulenta das oligarquias brasileiras, que interviram diretamente no resultado das eleições.
Aproveitando-se da influência política, os ricos fazendeiros empossavam candidatos que não tinham ganhado democraticamente as eleições e “degolava” os candidatos da oposição, que eram impedidos de usufruir dos seus direitos eleitorais.
Com informações do Metrópoles - Mirelle Pinheiro, Carlos Carone
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