Eliene Aparecida Brito, 34 anos, consta como autora de 2 ocorrências da Polícia Civil do DF por furto. Agora, é investigada por estelionato
Eliene Brito Aparecida é investigada por estelionato amoroso contra idoso de 84 anos |
Eliene Aparecida Brito, 34 anos, é suspeita de “embolsar” aproximadamente R$ 300 mil do “namorado”, um servidor aposentado da Câmara dos Deputados, de 84. Ela é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por estelionato amoroso.
A família do aposentado registrou boletim de ocorrência com a mulher, na última sexta-feira (15/9), na Decrin, delegacia da PCDF especializada em crimes contra pessoa idosa.
Como mostrou a coluna Grande Angular, na semana passada, a 2ª Vara de Família de Águas Claras deferiu o pedido dos três filhos do idoso para interditar o aposentado, após ele fazer transferências que somam R$ 190 mil para uma adolescente de 16 anos, que é filha de Eliene.
A Justiça do DF decidiu pela interdição do aposentado após os filhos apresentarem um atestado médico psiquiátrico de sanidade mental e capacidade civil, segundo o qual o aposentado tem transtorno de personalidade paranoide e transtorno neurocognitivo maior ou demência.
Agora, qualquer ato relacionado ao patrimônio dele deverá ser feito com anuência de um dos herdeiros. O Ministério Público também se posicionou a favor da medida. A reportagem optou por preservar o nome do idoso diante da situação de vulnerabilidade do aposentado.
Empréstimos
Além das transferências de R$ 190 mil feitas para a conta da filha da “namorada”, o idoso também fez três empréstimos no banco para a mulher, investigada por estelionato amoroso.
Ele também fez saques de dinheiro, em diferentes ocasiões, sempre de aproximadamente R$ 1,5 mil ou R$ 2 mil. Todo o dinheiro teria sido entregue à Eliene.
Além disso, o aposentado teve transferências via Pix, que somam R$ 90 mil, feitas da própria conta em favor de dois homens que seriam ligados à mulher.
O idoso teria conhecido Eliene em um shopping da capital federal, em janeiro de 2023. Ela se apresentou a ele como cabeleireira. No mês seguintes, a mulher passou a receber dinheiro do aposentado.
Ela teria pegado, de uma só vez, R$ 139 mil. Depois de embolsar a bolada, Eliene teria sumido por um mês, reaparecendo depois, quando mais dinheiro foi enviado a ela.
Pix não reconhecidos
A advogada do idoso e dos filhos dele, Viviane Penha, disse à coluna Grande Angular que descobriu as transferências para a filha de Eliene após ser procurada pelo aposentado, que alegou não reconhecer alguns Pix feitos em sua conta, no mês de junho.
“Ao analisar os extratos, localizei mais de R$ 150 mil de transferências para a filha da criminosa. Ao total, acreditamos que o idoso tenha tido mais de R$ 300 mil de prejuízo”, afirmou Viviane.
A advogada, que atende o idoso há mais de 5 anos, disse que ele sempre foi controlado financeiramente, mas que, desde que a suposta golpista apareceu, em janeiro de 2023, o idoso fez empréstimos e sua aposentadoria, de R$ 17 mil líquidos, caiu para R$ 10 mil.
“Os familiares devem ter cuidado com as pessoas idosas, em especial, sobre as pessoas que frequentam a casa. É preciso sempre analisar e fiscalizar as contas bancárias dos idosos como um meio de se evitar golpes como esse”, alertou Viviane.
Furto
A coluna apurou que Eliene é apontada como a autora de dois furtos registrados na PCDF, em 2010 e 2013. No primeiro caso, ela figura como responsável por furtar R$ 250 que estavam dentro da carteira da dona de uma casa que a recebeu quando ela trabalhava como funcionária de uma empresa de telefonia.
Três anos depois, a mulher foi levada à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) após furtar seis peças de roupas de uma loja de departamento em uma shopping da região. Ela confessou, ao segurança do estabelecimento, que havia cortado as etiquetas das roupas e, em seguida, escondeu os itens na bolsa. Eliene foi detida porque câmeras de segurança flagraram a ação.
A reportagem não conseguiu contato com Eliene. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Com informações do Metrópoles - Isadora Teixeira
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