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Venda de veículos tem queda de 7,93% com fim de incentivo do governo

Para a Fenabrave, Segundo a entidade, as Medidas Provisórias ajudaram a aquecer o setor apenas momentaneamente e os números evidenciam a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo


Volkswagen/Divulgação
O emplacamentos de veículos atingiu a marca de 196.878 unidades no mês de agosto, uma queda de 7,93% sobre julho e de 0,41% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo os dados, divulgados nesta segunda-feira (4/9) pela Fenabrave Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave), associação que representa as concessionárias, o resultado se deu após o fim do incentivo do governo para estimular o setor automotivo.

Os licenciamentos de carros e comerciais leves (picapes, SUVs e vans) caíram 8,7% na relação mensal, avançando 1,36% ante agosto do ano passado, a 196,88 mil veículos. No mês de julho houve crescimento de vendas de carros de passeio, a comercialização sofreu efeito das medidas, que a bancaram a redução no preço de automóveis.

Segundo a entidade, as Medidas Provisórias ajudaram a aquecer o setor apenas momentaneamente e os números evidenciam a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo.

"As ações do Governo Federal permitiram o acesso do consumidor, que havia perdido poder compra, aos veículos de entrada, o que demonstrou que o fator preço influencia na escala necessária para a recuperação do setor”, disse o presidente da Fenabrave, José Mauricio Andreta Junior.

O executivo emendou: “O resultado de automóveis em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo. Isso porque algumas marcas ainda tinham saldo de veículos com descontos patrocinados a oferecer, o que fez com que o resultado não fosse ainda pior.”

Recusa de crédito

O presidente da Fenabrave também destacou que o movimento pode ser atribuído ao crédito cada vez mais escasso, consequência dos juros elevados, o que resulta em uma piora no ambiente para financiamentos. “Notamos que, nas últimas semanas, houve uma deterioração acentuada na liberação de crédito, com um aumento de cerca de 20% nas recusas de fichas de financiamento por parte das instituições financeiras. O crédito está restrito e isso afeta muito o mercado”, avaliou.

Com informações do Correio Braziliense - Rafaela Gonçalves

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