A ofensa contra a advogada ocorreu durante uma audiência da 3ª Vara do Tribunal do Júri do Amazonas
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A gravação de uma audiência na 3ª Vara do Tribunal do Júri do Amazonas registrou o momento em que um promotor compara uma advogada a cadelas. A ofensa é feita durante discurso do jurista sobre lealdade. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (13/9).
O promotor de Justiça Walber Luís Silva do Nascimento declarou que comparar a advogada criminalista Catharina de Souza Cruz Estrela a uma cadela é uma ofensa ao animal.
“Se tem uma característica que o cachorro tem, Dra. Catharina, é lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. E, no quesito lealdade e me referindo especificamente à vossa excelência, comparar a vossa excelência com uma cadela é muito ofensivo, mas não à vossa excelência, a cadela”, afirmou o promotor.
Confira:
Repercussão
O presidente da Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP), Alessandro Samartin de Gouveia, publicou uma nota nas redes sociais em apoio ao promotor Walber do Nascimento.
“A Associação Amazonense do Ministério Público – AAMP, entidade representativa de classe, que congrega Promotores e Procuradores de Justiça, por meio de sua diretoria, vem a público apresentar seu total e irrestrito apoio ao associado e promotor de Justiça Dr. Walber Luís Silva do Nascimento ao tempo em que destaca a importância de sua atuação firme, urbana e técnica no plenário do Tribunal do Júri”, destacou um trecho da nota do presidente da AAMP.
O deputado federal Fausto Santos Júnior (União Brasil-AM) prestou solidariedade à advogada Catharina Estrela. O político afirmou que entrará com uma representação no Ministério Público contra o promotor.
“Tomarei medidas imediatas, denunciando o promotor e exigindo do Conselho Nacional do Ministério Público a abertura de uma sindicância para que as providências adequadas sejam tomadas”, destacou o parlamentar.
Seguindo a mesma linha, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Amazonas, Jean Cleuter Simões Mendonça, repudiou a declaração do promotor contra a advogada.
“Hoje pela manhã, tivemos um fato muito grave, que foi a violação de prerrogativas da Dra. Catharina Estrela”, argumentou Jean Mendonça.
O Metrópoles entrou em contato com o MPAM e com a advogada sobre o assunto, mas não obteve retornos. O espaço segue aberto.
Com informações do Metrópoles - Maria Eduarda Portela
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