Justiça de São Paulo concede medida protetiva à mulher do delegado, que nega as acusações; casal vivia em união estável há três anos
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A Justiça decretou uma medida protetiva proibindo o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, de se aproximar da esposa, após ele ser acusado pela própria companheira de espancá-la e bater sua cabeça na parede, até que ela desmaiasse. Ele nega o crime.
O Metrópoles apurou que, segundo a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Da Cunha precisa manter uma distância mínima de 300 metros de Betina Raísa Grusiecki Marques, de 28 anos. Além disso, ele também não pode manter contato com ela e outras testemunhas do caso, incluindo mensagens por telefone e pelas redes sociais. O caso corre em segredo de Justiça.
Caso descumpra as determinações judiciais, válidas por 90 dias, o deputado, que também pertence à Polícia Civil, pode ser preso, inclusive por tempo indeterminado, para garantir a integridade da vítima.
Como mostrado pelo Metrópoles, a vítima registrou um boletim de ocorrência contra o deputado, no qual relata que o Delegado Da Cunha discutiu e a xingou após consumir bebida alcoólica. O caso aconteceu por volta das 21h20 do último sábado (14/10).
“Putinha, não serve para nada, lixo”, teria dito o deputado federal, de acordo com o registro na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.
Em seguida, o Delegado Da Cunha teria passado a apertar o pescoço de Betina e a bater a cabeça dela na parede. A vítima desmaiou. Ao acordar, as agressões teriam recomeçado.
“Vou encher de tiros a sua cabeça”
Betina afirma que tentou se defender jogando um secador de cabelo na cabeça do deputado federal. Da Cunha teria batido a cabeça dela novamente na parede e a ameaçado.
“Vou encher de tiros a sua cabeça. Vou te matar e vou matar sua mãe”, é a frase atribuída ao agressor. Na DDM, Betina também relatou que o delegado Da Cunha já havia agredido sua ex-esposa.
O deputado teria, ainda, quebrado os óculos de Betina e jogado cloro nas suas roupas. Segundo a mulher, o casal vivia em união estável há três anos.
A vítima solicitou medida protetiva de urgência. No boletim de ocorrência, a Polícia Civil, registrou que ela não apresentou testemunhas do fato.
Ao prestar depoimento, o Delegado Da Cunha confirmou ter ciência da medida protetiva contra ele e afirmou que, “para evitar novos conflitos”, decidiu se mudar definitivamente para a cidade de São Paulo. Ele e a vítima moravam no litoral paulista.
O deputado federal também declarou que estaria “disposto a ressarcir eventuais danos materiais causados, com relação a artigos de vestuário de Betina”.
Em nota, Da Cunha “nega veementemente que tenha agredido sua companheira”.
Com informações do Metrópoles - Alfredo Henrique
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