Homem desferiu chutes na advogada Caroline Zanin e nos dois cachorros dela em Perdizes, bairro da zona oeste de São Paulo
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Inquérito da Polícia Civil de São Paulo concluiu que Rogério Cardoso Júnior, de 64 anos, agiu “intencionalmente” ao agredir, na semana passada, a advogada Caroline Zanin Martins, irmã do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caroline passeava com seus dois cachorros da raça corgi, em frente ao prédio em que mora em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, quando foi agredida. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Rogério dá diversos chutes contra os animais e atinge a perna de Caroline (veja abaixo).
“Diante dos elementos informativos colhidos, não há dúvidas que Rogério Cardoso Júnior, ao desferir intencionalmente golpes de chutes contra os animais, além de feri-los, assumiu o risco de também atingir com chutes a tutora e vítima, Caroline Zanin Martins, lhe causando lesões corporais”, diz o inquérito policial, concluído nessa sexta-feira (20/10).
A Polícia Civil indiciou Rogério pelos crimes de lesão corporal dolosa e maus-tratos a animais. O caso foi registrado no 23º Distrito Policial da capital paulista.
Morador de Perdizes, na mesma quadra que a advogada, a menos de 100 metros, ele disse em depoimento à polícia que chutou os cães para se defender. Segundo Rogério, “dois cachorros agressivos, que estavam com uma mulher desconhecida avançaram contra ele”.
Ainda segundo o Rogério, os cachorros o atacaram duas vezes. Na primeira delas, Caroline não teria puxado a guia e os animais teriam atingido suas vestes. Na segunda, já próximo à portaria onde as imagens foram captadas, eles teriam avançado novamente.
Um laudo pericial atesta que Caroline sofreu lesões corporais de natureza leve e que um dos cachorros apresentava “dor e sangramento” após as agressões.
Ao Metrópoles, Caroline disse que, enquanto mulher e advogada, se vê na missão de “prezar pela defesa das mulheres e dos animais para evitar que este desrespeito e agressão se repita”. Ela também disse acreditar que o agressor não a teria atacado se ela fosse um homem.
“Mas afirmo que confio plenamente que a justiça será feita da forma mais equilibrada, correta, imparcial e honesta, para que esse caso sirva de exemplo e impeça outros agressores de cometer os mesmos atos. Certamente, se eu fosse um homem, o agressor não teria a coragem de praticar esse ato covarde de agressão”, afirmou.
A reportagem busca contado com a defesa de Rogério Cardoso Júnior, mas não conseguiu localizá-lo. O espaço segue aberto para manifestação.
Com informações do Metrópoles - Juliana Arreguy
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