Em Goiás, deputados debatiam sobre Palestina e Israel quando Amauri Ribeiro se desentendeu com Mauro Rubem, após este citar a filha do outro
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Durante uma sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, nesta terça-feira (10/10), o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) partiu para agressão contra o parlamentar Mauro Rubem (PT). A confusão ocorreu após o petista mencionar o caso de agressão do colega contra a própria filha.
Os parlamentares estavam em uma discussão acalorada sobre a situação da Palestina, mas durante sua fala, Mauro Rubem disse que o adversário “não dá conta de sustentar no debate e quer partir para porrada” e que o deputado achava que todo mundo na sessão era igual à filha dele “que pode apanhar”.
Amauri ficou bastante irritado com a manifestação do petista e teve que ser contido por seguranças da casa legislativa para que não chegasse na tribuna, de onde Mauro discursava. “Seu safado” e “seu merda” foram xingamentos proferidos contra o colega. “Não toca no nome da minha família!”, acrescentou. Aos gritos, o parlamentar teve que ser arrastado para fora do plenário.
Veja o momento:
Surra
Amauri ganhou notoriedade após aplicar uma surra na filha por encontrar fotos íntimas no celular dela. O caso ocorreu em 2015, quando ele era prefeito da cidade de Piracanjuba, localizada a 90 km da capital goiana.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele confirmou as agressões e disse não se arrepender da atitude. A filha, posteriormente, perdoou o pai pelas agressões.
“Minha filha tomou um corretivo e eu não me arrependo de ter dado esse corretivo. Qualquer pai que tenha amor pela moral e zelo pela sua família teria se desesperado ao ver o que eu vi”, disse.
Polêmicas
O parlamentar goiano, que está no segundo mandato, é conhecido por suas polêmicas. Em junho deste ano, por exemplo, na tribuna da Assembleia, ele disse que merecia ser preso por ter apoiado e financiado os acampamentos bolsonaristas golpistas. Diante da repercussão, ele chegou a dizer que tinha sido mal interpretado. Ainda assim, em agosto deste ano, ele foi alvo de uma das etapas da Operação Lesa Pátria, que investiga os ataques golpistas de 8 de janeiro. O motivo da busca e apreensão foi justamente as manifestações de Amauri.
Já durante a campanha eleitoral em 2022, o deputado e candidato à reeleição ameaçou uma guerra civil caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse 0 pleito.
Em fevereiro de 2022, ele foi flagrado enquanto agredia, com murros, na rua, um desafeto político, em Piracanjuba. O alvo das agressões era o ex-candidato a prefeito da cidade Cláudio Chaves Moreira, popularmente chamado de Cláudio Grilo.
Em agosto de 2021, Amauri disse que a vereadora por Goiânia Luciula do Recanto (PSD) “merecia um tiro na cara”. A declaração ocorreu na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), enquanto ele defendia o direito à propriedade privada.
O Metrópoles não conseguiu contato com os deputados envolvidos na confusão para falarem a respeito do caso. O espaço segue aberto para manifestações.
Com informações do Metrópoles - Iago Silva, Laura Braga
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