Imagens obtidas pela coluna mostram, na piscina infantil do Lake Side, os momentos de desespero da criança, de professores e de socorristas
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| Reprodução/ Vídeo |
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o afogamento de uma criança de 1 ano, na piscina infantil do Lake Side, às margens do Lago Paranoá. A menina, que estava sob a monitoria de uma empresa especializada em atividades educacionais, lúdicas e esportivas para crianças, ficou quase quatro minutos submersa, até que uma das funcionárias percebesse. A menina foi socorrida, levada para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e não corre risco de morte.
O caso, que ocorreu na tarde de 17 de agosto último, é alvo de inquérito instaurado pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Imagens obtidas pela coluna flagraram os momentos de desespero da criança, de professores e de socorristas. Com pouco mais de 18 minutos, o vídeo registrado pela câmera de segurança mostra quando um grupo de crianças começa a entrar na piscina sob a supervisão de professoras da empresa Family Club.
Em determinado momento, uma funcionária trajando camisa laranja se levanta e coloca uma criança dentro da piscina. Em seguida, outra professora coloca um aluno na beira do espelho-d’água. Naquele momento, a professora deixa a criança por 12 segundos, enquanto se vira de costas para tirar um calçado. Nas imagens, é possível ver a menina que se afogaria, na companhia de um coleguinha, na parte superior da piscina infantil.
Veja imagens da criança que se afogou em piscina do Lake Side:
Criança desacordada
O vídeo registra a dificuldade da menina de 1 ano em se manter de pé na piscina. Ela escorrega e cai. A professora de camisa laranja aparece olhando na direção da piscina, mas não percebe o afogamento. É possível ver a monitora sair de perto da piscina, deixando as crianças aos cuidados de outra colega. Àquela altura, a criança já estava desacordada dentro d’água.
As imagens ainda flagraram um aluno que tenta levantar a menina e a puxa em direção à professora, que segura uma criança no colo, na borda da piscina. A criança leva 43 segundos entre tentar levantar e puxar a colega para um local seguro. Segundos depois, a professora finalmente consegue perceber a criança desacordada e submersa na piscina. Um terceiro adulto aparece e começa a prestar os primeiros socorros.
Os advogados que representam os pais da criança, Marília Brambilla e Erickson Reis Maia, afirmaram que a família passa por momento de consternação. “A PCDF já abriu as investigações para apurar a responsabilidade criminal no evento. Após o término do inquérito, serão tomadas as medidas judiciais cabíveis. Acreditamos também na Justiça dos homens, já que Deus salvou a menina, foi um milagre”, disse Erickson Reis.
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O outro lado
A coluna procurou os advogados da Family Club para comentar o afogamento da criança que estava sob a monitoria de seus funcionários. Em nota, a empresa disse que “lamenta profundamente o episódio ocorrido em sua unidade da Asa Norte, e informa ainda que presta toda solidariedade e auxílio necessário para a aluna e sua família”.
Leia o posicionamento da empresa na íntegra:
“A Family Club se trata de uma séria empresa, que está no mercado há mais de 12 anos, sempre zelando pelo desenvolvimento, pela saúde e pelo bem-estar de seus alunos, e nunca na história houve qualquer ocorrido que prejudicasse a integridade física de qualquer de seus alunos.
Diante disso, a Family Club lamenta profundamente o episódio ocorrido em sua unidade da Asa Norte, informa ainda que presta toda solidariedade e auxílio necessário para a aluna e sua família.
Lembrando que a empresa prestou todo o socorro devido no momento do incidente, e segue à disposição da família para garantir que tudo esteja bem com a menor. Se coloca, ainda, inteiramente à disposição de todas as autoridades para esclarecimentos quanto à apuração do ocorrido.
Destacamos que o episódio se encontra em apuração, que não foi finalizado ainda o inquérito, e por se tratar de evento envolvendo menor de idade, a Family Club prefere preservar a família e a criança, sem expor mais informações.
No momento, o mais importante é que a criança se encontra bem e fora de perigo.”
Com informações do Metrópoles - Carlos Carone, Mirelle Pinheiro
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