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Dono de pastelaria confessou ter forjado caso de racismo no RS, diz delegado

Após investigações, com análise e cruzamento de dados, os agentes identificaram que a autoria da mensagem racista era da própria "vítima". Intimado novamente a depor, o homem disse que gostaria de se retratar e confessou ter criado toda a história


Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou por falsa comunicação de crime o dono da pastelaria que acusou uma cliente de racismo ao pedir um "motoboy branco" para a entrega do pedido. O caso foi registrado em Campo Bom, no interior do estado, nesta terça-feira (14/11). A suposta vítima, Gabriel Fernandes teria criado uma conta fake e feito um pedido na própria loja.

Gabriel chegou a registrar um boletim de ocorrência e divulgou o print do caso, mas teria confessado em depoimento ser o autor do pedido. O dono da pastelaria deverá responder por falsa comunicação de crime.

Em entrevista ao jornal O Globo, o delegado caso, Rodrigo Câmara, disse que ao ser confrontado, Gabriel falou que simulou as mensagens “por motivos particulares que não gostaria de divulgar”. Após investigações, com análise e cruzamento de dados, os agentes identificaram que a autoria da mensagem racista era da própria “vítima”. Intimado novamente a depor, o homem disse que gostaria de se retratar e confessou ter criado toda a história.

O caso chegou a ser registrado na 3ª Delegacia de Polícia Regional, e documentado como injúria racial consumada.

O síndico do prédio cadastrado como endereço da cliente que teria feito os pedidos racista, também registrou uma ocorrência, e alegava que o número de apartamento informado pela suposta autora do crime no aplicativo não corresponde a nenhum dos números existentes no condomínio.

O Correio entrou em contato com a Polícia Civil do estado na noite desta sexta-feira (17/11) para buscar mais detalhes sobre a confissão do homem e aguarda resposta. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

Com a repercussão, a empresa de franquias da pastelaria chegou a prestar solidariedade aos proprietários da franquia, e repudiou o comentário da suposta cliente.

Com informações do Correio Braziliense

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