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Estudo permite tratamento adequado de entulhos descartados no DF

Estudo apresentado pela Adasa em parceria com o SLU mostra a composição dos resíduos descartados na Unidade de Recolhimento de Entulho (URE) da Estrutural


Minervino Júnior/CB/D.A.Press
Com o objetivo de compreender a composição dos resíduos descartados na Unidade de Recebimento de Entulho (URE), localizada na Estrutural, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) apresentou, ontem, os resultados do primeiro estudo gravimétrico desses materiais sólidos. Em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e com a empresa Valor Ambiental, o projeto vai possibilitar uma definição mais adequada do tipo de tratamento para o lixo e a disposição final desses rejeitos, oriundos principalmente da construção civil e dos papa-entulhos. Além disso, será possível planejar melhor a próxima unidade de recebimento da capital.

A superintendente de Resíduos Sólidos da Adasa, Élen Dânia dos Santos, explicou que o estudo de gravimetria é feito para conhecer a composição e a característica do resíduo coletado. "O conhecimento da quantidade e da composição é o primeiro passo para você elaborar um planejamento mais assertivo do que fazer com esse material. Então, a partir de quando você identifica o que recebe e na quantidade que recebe, você consegue encaminhar melhor para uma alternativa de tratamento", destacou.

Nessa pesquisa, foram analisados os resíduos que são descartados em pontos irregulares, que são entregues nos locais de entrega voluntária, os chamados papa-lixo, e também os da construção civil que são entregues por grandes geradores. "Por exemplo, hoje sabemos, com esse estudo do percentual de madeira, de recicláveis e de resíduo propriamente da construção civil, que é chamado classe A de concreto, de telha, de cerâmica, que entra na URE", detalhou Élen Dânia.

Antigo Lixão


A URE, que funciona na área do antigo Lixão da Estrutural, recebe resíduos provenientes de podas, da construção civil e os recolhidos nas ruas pelo SLU. De setembro de 2018 a março de 2023, a URE recebeu uma média de 120,8 mil toneladas por mês de resíduos da construção civil. No entanto, a média de agregados reciclados produzidos foi de 17,4 mil toneladas mensalmente, o que equivale a um aproveitamento de 17,3% do total que entra na unidade.

Iniciado em agosto deste ano e com duração de três meses, o estudo mostrou que 34,7% do volume de lixo coletado corresponde a materiais de classe A, que são o concreto, e a cerâmica e o solo da construção civil. Além disso, 20,9% do volume total é de madeira, seguido por 20,4% de resíduos volumosos e 12,3% de materiais de podas e afins.

Presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro comentou que o estudo tem vários pontos importantes, como a interação e a troca de informações entre os órgãos que trabalham com a temática. "Com os dados que são obtidos por meio desse trabalho, temos uma condição muito melhor de fazer planejamentos e a possibilidade de evitar problemas que não precisariam ter. Esse planejamento agora vai fazer com que a gente tenha as informações que permitirão planejar para evitar erros que possam acontecer num futuro próximo", disse.

Segundo o SLU, com a conclusão do estudo, os próximos passos são para subsidiar as equipes de planejamento do órgão com informações estratégicas para novas contratações voltadas à gestão de resíduos da construção civil no DF, além de orientar os atuais contratos do SLU no sentido de identificar possíveis melhorias a serem desenvolvidas e de apoiar a elaboração de iniciativas e políticas para o aperfeiçoamento do trabalho de coleta.

Com informações do Correio Braziliense - Júlia Eleutério 

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