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Relacionamento casual e ciúme: o pano de fundo da tragédia em cruzeiro

Produtora de 27 anos diz que relação com passageiro que se jogou no mar era aberta, de “ficantes”: “Sempre deixei claro que não ia namorar”


Reprodução
Os detalhes do relacionamento do DJ e escritor Carlos Alberto Mota Candreva, de 32 anos, com a produtora Vitória Bárbara Momenso, de 27, têm dado pistas sobre a tragédia no navio MSC Preziosa no último sábado (30/12). Carlos Alberto caiu no mar após, segundo testemunhas, ter discutido com Vitória. As buscas da Marinha entram no quarto dia nesta terça-feira (2/1).

De acordo com relatos de passageiros e da empresa responsável pelo cruzeiro, o homem teria pulado do 15º andar do navio, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, após uma discussão entre o casal.

Ele caiu no mar a 40 quilômetros de distância do ponto mais próximo de terra, a Ilha de Alcatrazes.

O navio em que ele estava deixou o Porto de Santos, no litoral sul paulista, na tarde de sexta-feira (29/12), e navegava em direção a Angra dos Reis (RJ), quando Carlos foi dado como desaparecido.

Como era a relação do casal


Vitória diz que não era namorada de Carlos e que a relação entre eles era casual, de “ficantes”. Por esse motivo, afirma ela, os dois tinham o direito de se relacionar com outras pessoas. Carlos, no entanto, tinha ciúmes e insistia para que eles tivessem um relacionamento fechado.

“A gente ficava. Mas sempre deixei muito claro que eu não ia namorar com ele. Ele era uma pessoa muito de bem com a vida. Mas, de um tempo para cá, ele mudou, foi ficando triste”, disse a produtora ao Metrópoles.

Segundo a jovem, os dois se relacionavam há cerca de dois anos. “Ano passado a gente parou de ficar por um tempo, porque não estava fazendo bem. Mas depois voltamos a nos ver”, contou. Em junho, o casal teria ido para a Grécia com um amigo médico.

O motivo da discussão


Vitória afirmou que estava no banheiro quando Carlos pegou seu celular. “Eu nem sabia que ele tinha a senha. Ele viu conversas minhas com outros homens e mandou print para amigos dizendo que estava pensando em me matar. Ele pretendia me matar”, disse. O envio das mensagens foi confirmado ao Metrópoles por pessoas próximas a Carlos.

“No momento que ele caiu, pouco antes do show do Alexandre Pires, ele quis retomar essa discussão. Eu falei: ‘Por favor, vamos curtir o cruzeiro’.”

Vitória diz que as últimas palavras de Carlos antes de se jogar foram: “Você duvida?”. “Tinha gente do lado, até tinha como alguém segurar, mas ninguém teve reação. Eu estava perto da escada, não tinha como correr atrás dele. Foi muito rápido”, afirmou.

A produtora disse que ficou em choque. “Eu não tenho culpa. Você acha que eu ia querer que uma pessoa se jogasse do cruzeiro? Para uma pessoa se matar?”

Encontro em balada


Vitória disse que conheceu Carlos em uma balada em São Paulo e eles se encontravam eventualmente. “O Carlos era uma pessoa cheia de luz, alegre. Mas, com o tempo, o brilho dele sumiu. Ele dizia que tudo na vida dele estava bem, menos nessa parte amorosa, porque ele queria me conquistar. O objetivo da vida dele era que eu fosse namorada dele. Ele fazia o que podia e o que não podia em busca disso”, disse a jovem.

A mulher afirmou que, anteriormente, Carlos já havia manifestado interesse em tirar a própria vida e se consultava com um psicólogo.

Família acusa Vitória


A família de Carlos Alberto culpa Vitória pelo incidente. Segundo a irmã dele, a mulher é manipuladora e se aproveitava financeiramente da situação.

“O Carlos estava praticamente falido. Ela consumia ele financeiramente. A viagem foi ele que bancou, porque era um sonho dela. Ele surtou. Ela nunca vai admitir isso, mas ela é responsável pelo o que aconteceu. Ela não o jogou, mas quem o fez chegar a esse ponto foi ela”, disse Christiane Mota ao Metrópoles.

“Quando ele viu aquelas mensagens, a raiva dele era tão grande que ele queria fazer alguma loucura”, afirmou.

Quem é Carlos Alberto


Natural da cidade de Tupã, no interior de São Paulo, Carlos é funcionário de um banco e mora na capital paulista. Também atua como DJ em festas e tem dois livros de poemas publicados.

Com mais de 13 mil seguidores no Instagram, a página de Carlos costuma postar poemas e reflexões na rede social.

No dia da tragédia, o homem chegou a fazer vídeos de dentro do cruzeiro, horas antes de cair no mar e ser dado como desaparecido.

“Ainda aqui no Porto de Santos, estamos esperando sair”, comentou. “Vamos ver qual vai ser, tem festa hoje à noite. Minha mala ainda não chegou na porta da cabine. Estamos aqui, curtindo.”

Com informações do Metrópoles - Renan Porto, Angélica Sales

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