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Prédio do DF instala placas sobre “planta tóxica para pets”

Após mais de uma década, moradores de condomínio no Guará descobriram que as plantas usadas na fachada do prédio podem ser tóxicas para pets


Após mais de uma década, moradores do condomínio Sports Club, no Guará, descobriram que as plantas usadas para decorar a fachada do local podem ser tóxicas para animais, sobretudo para cachorros. A novidade causou apreensão entre os vizinhos, após o relato de que um cão tinha passado mal ao ingerir as sementes. Por prevenção, a administração do prédio decidiu colocar um aviso alertando sobre o perigo.

A planta, inicialmente identificada como uma Cica, é bastante utilizada no paisagismo de residências e áreas rurais. Cientificamente conhecida como Cycas revoluta, a palmeira de origem asiática está no local desde a inauguração do condomínio. A placa instalada há cerca de um mês aponta: “Planta tóxica para pets. Não deixe seu pet ingerir as folhas e sementes”.

Uma moradora, que prefere não se identificar, comenta que mora há anos no local e essa é a primeira vez que viu a placa indicando o perigo. “O meu grande medo é porque o condomínio tem muitos cachorros. É um espaço que não é usado somente pelo nosso condomínio. […] Os cachorros normalmente ficam soltos ali e só tem essa placa. Não tem, inclusive, nenhum cercamento. Eu nem sabia que essa planta era tóxica, fiquei sabendo conversando aqui com alguns amigos”, afirma.

Hara Dessano, 42 anos, relata que vídeos foram compartilhados no grupo de moradores sobre informações da possível intoxicação no fígado do pet de uma moradora, que teria sido causada pela planta. Apesar de não ter um animal de estimação, ele achou necessária a ação do prédio de identificar a palmeira.

Outro morador considerou a decisão do condomínio acertada: “É melhor prevenir do que remediar mesmo”. Ele citou que, normalmente, a administração do prédio tem esse cuidado referente aos animais, já que muitos habitantes possuem pets.

Ao Metrópoles a subsíndica do residencial, Cristiane Marson, confirma que uma moradora relatou uma situação em que o seu animal teria passado mal e, com isso, outras pessoas decidiram pesquisar mais sobre a árvore.

“A planta sempre esteve no condomínio, acho que desde o início, há uns 14 anos. Então, ela sempre esteve aí. Começou esse relato agora, há 30 dias, né? Aí o nosso síndico, Luís, achou melhor colocar [a placa], já que foi dito que a planta é tóxica”, pontua.

Ainda segundo a gestora, a ideia da sinalização é uma tentativa de prevenir qualquer futuro incidente: “Caso for realmente constatado que a planta é venenosa, a gente deve fazer a retirada dela. Vamos ver a possibilidade de tirar”.

Um estudo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, aponta que a ingestão da palmeira Cycas revoluta pode causar hepatotoxicidade, transtornos gastrointestinais agudos e alterações neurológicas em cachorros.

Um dos resultados da pesquisa mostrou que “os animais intoxicados tiveram uma evolução prolongada da doença, com piora progressiva da função hepática e desenvolvimento de anemia regenerativa crônica, associada à perda crônica de sangue pelo trato gastrintestinal, confirmada pela presença de sangue oculto fecal”.

Com informações do Metrópoles - Jonatas Martins

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