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Preso usava crack antes de incendiar e matar 2 em pousada na Asa Sul

A coluna apurou que Morais morava no local. Ele relatou que deixou o isqueiro em cima da cama e foi conversar com um vizinho


Divulgação/CBMDF
Preso na madrugada desta sexta-feira (3/5) por causar incêndio em uma pousada clandestina da 705 Sul, Elizando Rodrigues Morais, 45 anos, afirmou que estava usando crack em seu quarto antes da tragédia que vitimou duas pessoas.

Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar e encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

A coluna apurou que Morais morava no local. Ele relatou que deixou o isqueiro em cima da cama e foi conversar com um vizinho. Este foi ouvido pelos policiais e revelou que o suspeito saiu do quarto e foi ao seu encontro para oferecer cocaína e contar que tinha rixa com outros moradores da casa.

Após cerca de 20 minutos, Elizando Rodrigues Morais acrescentou que foi avisado de que seu quarto estava pegando fogo e chegou a tentar apagar as chamas com um balde de água, mas o incêndio tomou grande proporção, o fazendo sair da pensão.

Uma outra testemunha também afirmou para Polícia Militar que Elizando justificou o incêndio para os demais moradores dizendo que deixou o celular carregando.

Incêndio


Havia 22 pessoas no local, que correram para sair, de acordo com testemunhas. Dois homens tentaram se abrigar das chamas em banheiros no primeiro piso, mas morreram intoxicados com a fumaça, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Um morreu no local e o outro chegou a ser encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), mas não resistiu. “Eles se confundiram na saída”, disse um major da corporação.

Combate às chamas


As equipes de Socorro do 15º GBM (Asa Sul) e do 1º GBM (Esplanada dos Ministérios) atuaram no combate às chamas, iniciadas pouco depois da 0h.

“Imediatamente o combate às chamas foi iniciado enquanto uma equipe de salvamento iniciou a varredura à procura de possíveis vítimas retidas na edificação. Após o adentramento na edificação foi verificado que havia chamas também no subsolo do prédio, onde houve a necessidade de realizar o combate ao fogo, nos fundos do prédio (área verde)”, afirmou a corporação.

Ainda segundo os bombeiros, havia 32 quartos no local, sendo 13 independentes, 10 no térreo e 9 no primeiro piso. “O mobiliário da maioria das unidades (cômodos independentes) foram parcial ou totalmente consumidos pelas chamas”, disso, acrescentando que colchões, roupas entre outros objetos foram perdidos.

A W3 chegou a ficar totalmente bloqueada para os trabalhos dos bombeiros. As casas vizinhas não foram atingidas pelas chamas.

Com informações do Metrópoles - Mirelle Pinheiro, Carlos Carone

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